Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

PRF resgata 11 pessoas em situação análoga à escravidão em plantação de tomates no RS

Operação conjunta com Ministério do Trabalho e Ministério Público resulta no resgate de trabalhadores em condições precárias em fazenda no RS

9 nov 2023 - 18h25
(atualizado às 18h50)
Compartilhar
Exibir comentários
A ação ocorreu em uma fazenda produtora de tomates no município de Aratiba, entre os dias 31 de outubro e 8 de novembro
A ação ocorreu em uma fazenda produtora de tomates no município de Aratiba, entre os dias 31 de outubro e 8 de novembro
Foto: Imagem Ilustrativa / Freepik / Porto Alegre 24 horas

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em colaboração com o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho, realizou uma operação que resultou no resgate de onze trabalhadores em condições equiparadas à escravidão. A ação ocorreu em uma fazenda produtora de tomates no município de Aratiba, entre os dias 31 de outubro e 8 de novembro.

Como identificar trabalho doméstico análogo à escravidão Como identificar trabalho doméstico análogo à escravidão

Os trabalhadores, originários de Minas Gerais e Santa Catarina, foram encontrados alojados em condições precárias, em edificações improvisadas, alguns deles dormindo em colchões no chão. Faltavam instalações adequadas para refeições, armários para mantimentos e medidas de proteção contra os agrotóxicos usados no cultivo dos tomates.

No desempenho de suas atividades, os trabalhadores aplicavam defensivos agrícolas manualmente, sem roupas e equipamentos de proteção adequados. Após a exposição a esses produtos, relataram sintomas como dores de cabeça, fraqueza e vômitos.

O empregador não fornecia alimentação, obrigando os trabalhadores a adquirirem produtos em um mercado por ele indicado, com o valor sendo descontado de salários irrisórios, mantendo os trabalhadores em constante endividamento. Resgatados durante a etapa de colheita, os trabalhadores receberam suas verbas salariais e rescisórias, totalizando 80 mil reais, além do custeio da viagem de retorno para Minas Gerais e Santa Catarina.

Por meio de um Termo de Ajuste de Conduta, o Ministério Público do Trabalho assegurou uma indenização de 6 mil reais para cada trabalhador, além do pagamento de dano moral coletivo no valor de 50 mil reais. Adicionalmente, os trabalhadores resgatados receberão o seguro-desemprego do trabalhador resgatado, totalizando três parcelas de um salário mínimo, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

"Os traços da escravidão continuam até hoje", afirma Hortense Mbuyi :
Porto Alegre 24 horas
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade