Procurador que espancou chefe tem outra crise de raiva em prisão e quebra pia em isolamento
Demétrius Oliveira Macedo, que agrediu sua chefe na Prefeitura de Registro (SP), havia sido isolado por quebrar vidro de cela
Preso por espancar sua chefe na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, o procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, teve mais uma crise de raiva dentro da Penitenciária de Tremembé. Durante o isolamento, por caso de desobediência, ele quebrou a pia de sua cela e pratos de alimentação.
O caso aconteceu na última quarta-feira, 16, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O agressor estava em uma cela específica de isolamento preventivo por ter quebrado o vidro da porta da cela que habitava - usado para que guardas vigiem os detentores - com o estrado de sua cama no dia 15.
Segundo a secretaria, Demétrius já responde a procedimentos apuratórios disciplinares em razão de suposta desobediência na prisão. O procurador também tem demonstrado falta de educação com colegas de cela e tem descumprido deveres. A Justiça foi comunicada sobre os ocorridos.
Relembre o caso
Em 20 de junho, Demétrius foi flagrado espancando a procuradora-geral de Registro, Gabriela Samadello, de 39 anos. Conforme registrado no boletim de ocorrência, a vítima compareceu à delegacia com sangramento e ferimentos no rosto, relatando que foi ofendida e agredida com socos e chutes pelo procurador.
Gabriela acredita que as agressões foram motivadas pela abertura de uma proposta de procedimento administrativo contra Macedo após ela receber relatos de uma funcionária de que ele teria cometido atitudes hostis. Horas antes do episódio de violência, uma publicação do Diário Oficial determinou a criação de uma comissão para apurar a situação.
Dois dias após o ataque, ele foi suspenso e teve o salário cortado, conforme registrado no Diário Oficial do Município. Além disso, no mesmo dia, a Justiça decretou a prisão preventiva do procurador. Já no dia 23, ele foi preso na capital de São Paulo.
Demétrius é formado em Direito desde 2010 pela Universidade São Judas de Santos, no litoral de São Paulo. No ano seguinte, em 2011, ele entrou para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e iniciou a carreira profissional atuando na Prefeitura de Registro - mesmo local onde as agressões aconteceram.