Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Produtor é condenado a 8 meses de prisão por abusar de atrizes em falso teste de elenco

Detenção será feita em regime semiaberto; decisão ainda cabe recurso

30 mar 2023 - 23h09
Compartilhar
Exibir comentários
 Rodner Martins de Almeida foi condenado por abuso sexual contra quatro atrizes
Rodner Martins de Almeida foi condenado por abuso sexual contra quatro atrizes
Foto: Reprodução/TV Globo

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o produtor Rodner Martins de Almeida a oito meses de prisão em regime semiaberto por abuso sexual contra atrizes durante falsos testes de elenco para preça teatral. A decisão ainda cabe recurso. 

De acordo com o colunista Rogério Gentile, do UOL, quatro mulheres relataram terem sido convidadas para a seleção por meio de conversas pela internet, e durante o falso teste, foram vítimas de abusos. A ação foi movida pelo Ministério Público. 

Na Justiça, uma delas contou que o endereço indicado era a casa do produtor, e que descobriu quando chegou ao local. O teste seria para uma peça que se chamaria ‘As Virgens’. A acusação afirmou que havia uma câmera no imóvel, e o produtor teria dito que a dinâmica era a mesma “utilizada normalmente na USP, podendo fazer o que quisesse com ela". 

Rodner teria contado sobre a sua vida pessoal e começou a apalpar o corpo da atriz, simulando “uma pegação de verdade”. O produtor também teria dito que a vítima estava “travada”, que o confessou que era virgem. Então, ele pede para que a mulher tirasse as roupas, e segundo a acusação, ele a apalpou e a beijou. 

Outra vítima revelou à Justiça que durante ensaios para uma peça na qual foi lhe informado que faria o papel de Grace Kelly, a atriz tinha que dançar e se sentar no colo do Rodner, deixando que passasse a mão pelo seu copo. Em determinado momento, ele também mandou que ela tirasse para “entrar no personagem”. 

Quando ela se recusou, o produtor teria afirmado que esse era um procedimento pelo qual ela teria de passar, e que inclusive teria que manter relações sexuais com ele. Ainda conforme a reportagem, o processo aponta que ele trancou a porta e só permitiu que ela saísse de lá quando o ensaio terminasse. 

Na condenação, o desembargador Fernando Simão declarou que "ficou demonstrado que, mediante fraude, passando-se por produtor artístico, ele praticou atos libidinosos contra as atrizes, além de conjunção carnal", e que “elas acreditaram no que o réu narrava e se submetiam aos seus desejos sexuais, tudo para colherem frutos de suas carreiras artísticas." 

O produtor foi condenado a oito meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de violação sexual mediante fraude. Ele tem o direito de trabalhar e fazer cursos durante o dia, regressando à noite para sua unidade prisional. 

Ao colunista, o advogado de Rodner, Marcos Brito Nascimento, disse que o produtor não cometeu crime algum, e que é realmente produtor cultural, ainda que o conteúdo produzido possa ser considerado "como de má qualidade e mau gosto".

"As atrizes não foram levadas a erro, sabiam do conteúdo e concordaram com os ensaios. O senhor Rodner não aplicou nenhum meio que pudesse dificultar a livre manifestação das supostas vítimas, inclusive no estúdio havia a participações de uma equipe", declarou.

"O Ministério Público não apresentou provas contundentes do crime de violação sexual mediante fraude, apesar da posse de todos os aparelhos telefônicos do senhor Rodner. Não existem conversas ou vídeos que corroborem as acusações", afirmou. 

"Por mais que o crime de violação sexual mediante fraude cause repulsa perante a sociedade, o Estado não pode se curvar a injustiças. As mulheres, maiores de idade, experientes, em busca de seus sonhos, se mostraram receptivas aos ensaios requeridos pelo senhor Rodner e sua equipe", finalizou. 

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade