Professor é afastado da UFRJ após acusações de transfobia e capacitismo
Em vídeo publicado anteriormente, alunos protestam e expulsam o professor da faculdade
O professor de psicologia Ricardo Cabral foi afastado das aulas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) após ter sido acusado de fazer comentários transfóbicos e capacitistas no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS).
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Ao jornal O Dia, o Instituto informou que o docente não é mais responsável por ministrar aulas à sala. No entanto, a organização destacou que "a reação da turma não se deu por um preconceito específico, mas por entenderem que ele teve uma postura desrespeitosa com a turma, em especial com uma estudante autista".
Na última semana, o Diretório Central dos Estudantes Mário Prata publicou nas redes um vídeo em que alunos protestavam contra Cabral e o expulsavam da universidade. De acordo com a publicação, o professor 'foi extremamente transfóbico e capacitista' durante uma aula, 'humilhando e assediando moralmente estudantes que divulgavam uma mesa de debate sobre cotas trans'.
Segundo o DCE, Cabral tem "falas e atitudes extremamente capacitistas, racistas, transfóbicas e machistas" há mais de 20 anos na UFRJ. Em um destes casos, o grupo contou que o "professor constrangeu um dos estudantes ao dizer 'agora você está falando que nem gente normal' após ser chamada na frente da sala para repetir sobre a atividade".
Ele também teria falado que "trans não existem e que é somente um 'conceito político'", conforme os estudantes do DCE relataram em outra publicação. Um último relato citado diz que o docente teria constrangido uma aluna "perguntando se ela era realmente autista".
O Terra entrou em contato com a UFRJ, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.