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Professora PcD denuncia descaso em voo após comissário não deixá-la viajar ao lado da acompanhante

Aline Castro, de 30 anos, tem fraqueza muscular e precisa que sua acompanhante viajasse ao seu lado para lhe dar suporte

29 abr 2024 - 11h38
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Resumo
A professora universitária PcD, Aline Castro, sofreu descaso no embarque de um voo, onde um funcionário se negou a atender o seu direito de sentar nas primeiras fileiras ao lado de sua acompanhante.
"Esse é um recorte do desrespeito que acontece todas as vezes que eu viajo de avião", afirmou a professora PcD
"Esse é um recorte do desrespeito que acontece todas as vezes que eu viajo de avião", afirmou a professora PcD
Foto: Reprodução: Instagram/alinecastromg

A professora universitária Aline Castro, de 30 anos, que é uma pessoa com deficiência, usou as redes sociais para denunciar o descaso que sofreu no embarque de um voo. Aline quase foi retirada do voo após cobrar um direito dela: sentar nas primeiras fileiras ao lado da sua acompanhante.

"Esse é um recorte do desrespeito que acontece todas as vezes que eu viajo de avião. Nesta ocasião, pessoas sem deficiência estavam ocupando as primeiras fileiras do avião e, mesmo o voo tendo 3 pessoas com deficiência, nenhuma foi realocada para os assentos prioritários", escreveu no Instagram.

5 direitos pouco conhecidos das pessoas com deficiência 5 direitos pouco conhecidos das pessoas com deficiência

No vídeo que a professora publicou em sua rede social, ela afirma para um comissário de bordo que só pode viajar ao lado da sua acompanhante, mas o funcionário se recusou a atender o pedido. "Deixa eu terminar de falar, por favor", diz ela. "A senhora não vai terminar de falar mais", rebate o comissário.

Aline tem fraqueza muscular e, por isso, precisa que sua acompanhante viaje ao seu lado. No entanto, o funcionário queria que Aline e sua acompanhante viajassem em assentos distantes um do outro.

"Disse a ele que se a minha acompanhante não fosse realocada, eu teria que viajar no colo dela visto que não tenho equilíbrio de tronco. Fui tratada desse jeito, com grosseria, desrespeito e ameaça de ser retirada do voo", afirmou nas redes sociais.

Entenda o caso

Após a publicação do vídeo no dia 27 de abril, a professora universitária esclareceu o ocorrido no último domingo, 28. Quando uma pessoa com deficiência viaja de avião, ela precisa preencher um formulário que permite um desconto no valor da passagem do acompanhante.

"Permite também que a companhia aérea saiba que naquele voo há uma pessoa com deficiência", explicou Aline em vídeo.

Após fazer o check-in, ela recebeu um assento que não era nas fileiras prioritárias, o que ela questionou. Com isso, foi informada que precisava solicitar a realocação do assento com o comissário chefe de bordo.

"Quando eu entrei no avião e fui conversar com esse comissário, desde o primeiro momento ele foi muito ríspido e grosso comigo, falando que não havia possibilidade de troca de assento, visto que as pessoas já tinham pagado por aquele assento", disse.

Aline entende que não há objeção nenhuma que as companhias aéreas vendam esses assentos, mas quando têm pessoas com deficiência no avião, a companhia é obrigada a realocar as pessoas sem deficiência que ocupam assentos prioritários para um assento da mesma classe.

Minutos depois, o comissário disse que ela poderia ser realocada, mas a sua acompanhante não. Então, um passageiro e outra mulher cederam seus assentos nas fileiras prioritárias para que Aline e sua acompanhante pudessem viajar.

Direito

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência garante os direitos das pessoas com deficiência. "O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso”, diz o artigo 46.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma norma garante que a pessoa com deficiência viaje com um acompanhante. 

"O acompanhante deve ser maior de 18 anos e ter condições de prestar auxílio ao passageiro assistido, desde o momento do check-in até sua chegada ao desembarque, na área pública do aeroporto. O acompanhante deve viajar na mesma classe e em assento ao lado do passageiro assistido", diz o trecho da Resolução 280.

Posicionamento

Ao Terra NÓS, a LATAM Airlines informou que segue as normas da Anac. Confira o comunicado:

"A LATAM informa que segue as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que estabelecem a preferência dos primeiros assentos das aeronaves aos passageiros com necessidade de assistência especial (PNAE) e seus acompanhantes. Essa preferência é concedida com base na cabine escolhida na compra da passagem.

No caso em questão, registrado no embarque do voo LA3724 (Brasília-Belo Horizonte/Confins) desta sexta-feira (26/4), a passageira foi acomodada pela companhia nas primeiras fileiras da cabine adquirida (Economy), mas solicitava viajar nas primeiras fileiras de outra cabine (Premium Economy), que não tinha disponibilidade para ela e sua acompanhante.

Após a acomodação dos demais passageiros e finalização do embarque, a passageira aceitou as condições e o voo foi realizado sem intercorrências. A LATAM reforça que adota todas as medidas para manter a segurança de suas operações nos mais altos níveis."

Fonte: Redação Nós
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