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'Pulou em cima da filha': pai é preso por suspeita de matar jovem de 18 anos em SP

Homem confessou ter cometido o crime como forma de atingir a mãe da vítima, de quem teria se separado recentemente. Defesa não foi localizada

28 mar 2024 - 07h09
(atualizado às 12h24)
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O crime aconteceu no último domingo, 24, na casa do pai da menina
O crime aconteceu no último domingo, 24, na casa do pai da menina
Foto: Felipe Rau/Estadão

O homem de 39 anos suspeito de matar a própria filha e esconder o corpo da vítima em um buraco em uma via do centro de São Paulo confessou que cometeu o crime depois de se desentender com a jovem e esganá-la até a morte, segundo a polícia. O crime aconteceu no último domingo, 24, na casa do pai da menina, identificado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) como Wellington da Silva Rosas.

De acordo com a polícia, o suspeito contou em depoimento que ele e a filha, Rayssa Santos da Silva, teriam começado uma briga após o homem entender que a jovem estava incentivando a mãe, separada de Wellington, a namorar outras pessoas. Segundo as investigações, o homem não aceitava a separação, que teria acontecido há menos de um ano.

A polícia ainda aguarda exames de DNA para ter a confirmação de que o corpo é de Rayssa, e ainda investiga para saber quem foi o responsável por colocar o fogo no na vítima.

Na versão de Wellington, ele teria dado R$ 10 a um homem em situação de rua para fazer o serviço, e que esse homem já teria o etanol em mãos para acender e intensificar as chamas.

O DHPP conseguiu localizar o morador de rua, que negou a versão do suspeito. O homem, que não foi identificado, disse aos policiais que fugiu depois de perceber que o conteúdo da caixa era o corpo de uma pessoa.

"Não temos imagem desse momento. Mas, de qualquer modo, o Wellington confessou que mata a filha por esganadura, que deixou o corpo no apartamento, que ele se livrou do corpo, e que deu R$ 10 para um morador de rua tacar o fogo", afirma Ivalda Aleixo.

Wellington foi autuado em flagrante pela destruição de cadáver, e a DHPP instaurou um inquérito e pediu à Justiça a prisão preventiva do suspeito pelo homicídio triplamente qualificado — por asfixia, por ser cometido por um meio em que a vítima não pode se defender e por feminicídio. Ele passou por audiência de custódia nesta quarta, 27, e segue detido.

Wellington Rosas já tinha passagem pela polícia por roubo à mão armada, tentativa de homicídio e tráfico de drogas. A defesa do suspeito não foi localizada pela reportagem.

Estadão
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