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Quantas mulheres negras já ganharam o Miss Universo?

Concurso acontece desde o ano de 1952; final do Miss Universo 2024 acontece neste sábado, 16, no México

16 nov 2024 - 05h00
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A vencedora mais recente foi Zozibini Tunzi, que levou o título de Miss Universo em 2019
A vencedora mais recente foi Zozibini Tunzi, que levou o título de Miss Universo em 2019
Foto: Reprodução: Instagram/zozitunzi

O concurso de Miss Universo, desde sua primeira edição em 1952, tem sido uma plataforma que celebra a beleza, a elegância e a inteligência de mulheres do mundo todo. A final do concurso deste ano acontece neste sábado, 16, no México.

Apesar de muitos avanços, como por exemplo a coroação de Luana Cavalcante, que fez história ao ser a primeira mãe eleita Miss Universe Brasil, condição que não era aceita nos anos anteriores, alguns grupos raramente se destacam na final. Foi só em 1977, por exemplo, que uma mulher negra conquistou pela primeira vez o cobiçado título.

Desde então, apenas outras quatro mulheres negras entraram para a história como vencedoras deste concurso. Confira as 5 mulheres negras que já ganharam o título de Miss Universo:

Janelle Commissiong

Janelle Commissiong, nascida no Porto da Espanha, em Trinidad e Tobago, foi coroada Miss Universo em 1977, tornando-se a primeira mulher negra a alcançar esse feito. A vitória de Janelle aconteceu 25 anos após a criação do concurso, marcando um momento histórico.

Sua jornada até o título começou quando se mudou para Nova York aos 13 anos, onde estudou moda. Após retornar para sua cidade natal, participou do Miss Trinidad e Tobago e foi escolhida para representar seu país no Miss Universo.

Além de ser coroada Miss Universo, Janelle também recebeu o título de Miss Fotogenia durante a competição. Sua vitória não foi apenas um marco para as mulheres negras, mas também um símbolo de mudança no conceito de beleza em uma época em que padrões eurocêntricos dominavam a indústria.

Após a conquista do título, Janelle se tornou uma forte defensora dos direitos das mulheres e do combate ao racismo em seu país.

Wendy Fitzwilliam

Em 1998, 21 anos após a coroação de Janelle, outra trinitária, Wendy Fitzwilliam, conquistou o título de Miss Universo. Nascida na cidade de Diego Martin, Wendy se formou em Direito. Sua performance no concurso, realizado em Honolulu, no Havaí, ficou marcada como uma das mais impressionantes da história, especialmente durante o desfile de trajes da noite.

Wendy foi a primeira Miss Universo a ganhar o concurso usando um biquíni no desfile de trajes de banho. Ela se destacou por seu trabalho humanitário, especialmente na luta da conscientização do HIV/AIDS.

Mpule Kwelagobe

Mpule Kwelagobe, natural de Gaborone, Botsuana, foi coroada Miss Universo em 1999, tornando-se a primeira mulher de seu país a vencer o concurso. Sua vitória foi simbólica em vários aspectos, incluindo o fato de ter sido a primeira vez que uma Miss Universo negra passou a coroa para outra mulher negra, já que Wendy havia ganhado no ano anterior.

Após seu reinado, Mpule se tornou uma ativista reconhecida internacionalmente, defendendo os direitos das mulheres e jovens em relação à educação sexual reprodutiva.

Mpule Kwelagobe
Mpule Kwelagobe
Foto: Reprodução/Youtube

Leila Lopes

Em 2011, Leila Lopes, de Angola, foi coroada Miss Universo na edição que foi realizada em São Paulo. Nascida em Benguela, Leila cursava Administração de Empresas na Inglaterra quando venceu o concurso nacional de Miss Angola, o que a levou à disputa internacional.

Sua vitória no Miss Universo foi recebida com grande entusiasmo em seu país. Além da beleza, Leila também usou sua posição para defender causas sociais importantes, como o combate ao HIV/AIDS. 

Zozibini Tunzi

Zozibini Tunzi, nascida em Tsolo, África do Sul, foi coroada Miss Universo 2019. Além de ser a primeira mulher negra sul-africana a vencer o concurso, Zonzibini se destacou por sua postura firme contra estereótipos raciais de gênero. Durante sua participação no concurso, realizado em Atlanta, nos Estados Unidos, ela abordou temas importantes como racismo e machismo, usando seu espaço para questionar padrões de beleza que não representavam mulheres como ela.

Com um discurso sobre a importância da liderança feminina, Zonzibini capturou a atenção do público global. Ela afirmou que queria que as meninas negras se olhassem no espelho e vissem seus próprios rostos refletidos na imagem dela.

Fonte: Redação Nós
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