Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Relatório aponta 158 casos de discriminação no esporte brasileiro em 2021

Lançamento ocorreu na primeira edição do Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, uma parceria entre o Observatório e a CBF

24 ago 2022 - 15h48
(atualizado às 18h05)
Compartilhar
Exibir comentários
Imagem mostra Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, durante evento na sede da CBF.
Imagem mostra Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, durante evento na sede da CBF.
Foto: Imagem: Lucas Figueiredo/CBF / Alma Preta

O Observatório da Discriminação Racial no Futebol lançou, nesta quarta-feira, 24, a edição 2021 do Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, durante cerimônia realizada na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O lançamento foi realizado durante a primeira edição do Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, evento criado para pensar ações de combate ao racismo no futebol brasileiro. A ação é fruto da parceria das duas entidades, que ainda conta com ativação durante os jogos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro das séries A e B.

De acordo com Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório, o seminário tem como objetivo discutir o racismo no futebol brasileiro, a partir dos números monitorados pela organização ao longo de oito anos. "A partir desses dados, será possível os clubes, a CBF e o Observatório encontrarem planos para conter ou diminuir estes casos", explicou.

Relatório 2021

Os dados revelam que houve 158 casos de discriminação no esporte brasileiro, sendo 124 oriundos do futebol. Destes casos, 64 foram ofensas racistas, 24 LGBTfóbicas, 15 machistas e seis xenofóbicas. Considerando os atos fora do país, 10 foram ofensas racistas, uma LGBTfóbica e quatro xenofóbicas.

Em entrevista ao Jornal Nacional desta terça-feira, 23, Carvalho afirma que há fatores que justificam o aumento desses números. "Há uma maior conscientização de torcedores, jogadores e da mídia, que está cobrindo com mais intensidade as denúncias."

Apesar desse movimento, ele comenta que por outro lado há um aumento do discurso de ódio no Brasil e no exterior.

Este é o oitavo relatório da entidade, que anualmente tem monitorado os casos de racismo. De acordo com o documento, o ano de 2021 apresentou o segundo maior número de casos entre o período. Diferente dos anos anteriores, este o relatório deste ano conta com apoio financeiro e logístico da CBF, que sedia o seu lançamento, com a presença de figuras importantes do futebol.

Durante o evento, os presidentes da CBF e da CONMEBOL mostraram preocupação com os casos de discrminação no futebol.

"Estamos aqui para mudar. Além do seminário, nós fizemos um grupo de trabalho para promover ações concretas, que serão apresentadas nesse seminário", comenta Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Já o presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, reafirmou o compromisso da entidade com a questão. "O racismo, a xenofobia e outras formas de discriminação são visíveis no futebol e nas transmissões. Mas quando acaba o jogo, não quer dizer que isso acaba. Segue crescendo de forma silenciosa", completa Domínguez.

Além do evento, a parceria entre a CBF e o Observatório irá realizar ativação nos jogos da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, entre os dias 24 e 28 de agosto. Durante as partidas, os clubes irão estampar em suas camisas um símbolo com o formato da CBF e uma mensagem contra o racismo e a violência.

Relatórios Anuais da Discrminação

De acordo com o site oficial do Observatório, os relatórios anuais são realizados por meio da análise sistêmica sobre os incidentes raciais no futebol brasileiro. No documento são apresentados os casos de preconceito e discriminação ocorridos no esporte brasileiro, correspondentes ao período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

O documento mais atual abre espaço em sua capa para realizar uma homenagem à Leônidas da Silva. De acordo com o perfil da entidade no Twitter, "a ação é justa a um dos maiores jogadores do futebol brasileiro."

 Na pandemia, racismo no futebol migrou para a internet

Alma Preta
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade