Robinho evita falar sobre julgamento de Daniel Alves: 'Que Deus abençoe ele'
Condenando por estupro na Itália, atacante não comenta situação do antigo companheiro de seleção, que aguarda sentença na Espanha por suposta agressão sexual
Condenado por estupro na Itália, o atacante Robinho evitou comentar sobre o julgamento do compatriota Daniel Alves, preso sob a acusação de agredir sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona, na Espanha. Apesar de não falar sobre o assunto, o ex-jogador do Santos, Real Madrid e Milan mandou um recado para o antigo companheiro de seleção brasileira. "Que Deus abençoe a vida do Daniel Alves. Melhor eu não falar nada", disse Robinho, em breve declaração à Record TV.
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime de estupro coletivo uma jovem albanesa que ocorreu em uma boate em Milão, na Itália, quando ele atuava pelo Milan. A sentença foi referendada por outras instâncias da Justiça italiana, incluindo pela mais alta corte do país europeu, que confirmou a condenação em janeiro de 2022. Depois disso, a Itália solicitou ao Brasil a extradição do atleta.
O julgamento chegou às STJ em fevereiro deste ano, mas ficou suspenso por meses em razão do pedido de vista do ministro João Otávio de Noronha. Em agosto, a Corte rejeitou o pedido da defesa do jogador para que a Justiça italiana enviasse ao Brasil uma cópia do processo na íntegra traduzida para o português.
Daniel Alves, por sua vez, está preso preventivamente desde janeiro de 2023. Ao longo do período detido, ele mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga. O brasileiro alega inocência e afirma que a relação sexual foi consensual. A pena para este tipo de crime no país é de até 12 anos de reclusão. Não há prazo para a sentença.
O julgamento de Daniel Alves foi realizado nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro. A mulher que acusa o jogador de estupro sustentou a primeira versão que apresentou ao denunciar o atleta e reafirmou que foi violentada. O jogador chorou durante o deu depoimento, negou que a relação foi forçada e disse que estava bêbado no momento do ocorrido. Citar embriaguez é a estratégia mais recente da defesa, que tenta atenuar uma eventual condenação.