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Roman Polanski tem processo por agressão sexual arquivado e não será mais julgado

Diretor de "O Bebê de Rosemary" e "O Pianista" fechou acordo em caso de agressão sexual ocorrido na década de 1970

22 out 2024 - 22h03
(atualizado em 23/10/2024 às 09h42)
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Foto: Divulgação/Gaumont / Pipoca Moderna

O diretor Roman Polanski, de 91 anos, não enfrentará julgamento por uma acusação de agressão sexual que teria ocorrido nos anos 1970. De acordo com seu advogado, o processo foi arquivado após um acordo judicial. O cineasta, vencedor do Oscar por "O Pianista" (2002), enfrentaria um tribunal civil em Los Angeles em agosto de 2024, mas o processo foi retirado, conforme comunicado pelo advogado de Polanski, Alexander Rufus-Isaacs, nesta terça-feira (22/10).

Acordo judicial e arquivamento

Segundo Rufus-Isaacs, o caso foi "resolvido no verão, de forma satisfatória para ambas as partes, e agora foi formalmente arquivado". A ação, movida em 2023, acusava Polanski de ter saído com uma adolescente para jantar em Los Angeles em 1973, dado tequila à jovem e, em seguida, a levado para sua casa, onde a teria agredido sexualmente. "Ela disse a ele: 'por favor, não faça isso'", relatou a advogada da vítima, Gloria Allred, em março. "Ela alega que ele ignorou seus pedidos, tirou suas roupas e a agrediu sexualmente, causando-lhe imensa dor física e emocional."

Impacto da legislação californiana

O processo civil foi aberto em junho de 2023, pouco antes de expirar uma lei da Califórnia que permitia uma janela estendida para vítimas denunciarem crimes sexuais antigos. Documentos judiciais apresentados em julho indicaram que um acordo "condicional" havia sido alcançado, embora a advogada da autora não tenha comentado sobre o caso nesta terça-feira.

Histórico de acusações

Diretor de clássicos como "O Bebê de Rosemary" (1968) e "Chinatown" (1974), Polanski é uma figura controversa no mundo do cinema. Em 1977, o diretor admitiu ter violentado Samantha Geimer, de 13 anos, como parte de um acordo judicial para evitar um julgamento por acusações mais graves. No entanto, fugiu para a França no ano seguinte, temendo que um juiz revisse sua liberdade após 42 dias de prisão. Desde então, ele não pode sair da França sob ameaça de prisão e deportação.

Recentemente, em meio às denúncias do movimento #MeToo, outros casos surgiram, como o de Charlotte Lewis, que o acusou de estupro na adolescência, alegação que Polanski sempre negou.

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