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Série 'Caminho dos Orixás' aborda fé e tradição das religiões afro

Em 16 episódios, a série traz histórias e curiosidades da religiosidade ancestral negra Texto: Patricia Santos | Foto: Divulgação

20 set 2023 - 14h41
(atualizado às 14h56)
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Dois homens e uma mulher em um campo aberto, de mato seco e montanhas ao fundo. A mulher usa vestimentas de religiões afro.
Dois homens e uma mulher em um campo aberto, de mato seco e montanhas ao fundo. A mulher usa vestimentas de religiões afro.
Foto: Divulgação / Alma Preta

A série "Caminhos dos Orixás", disponível no Curta!On, aborda a fé e as tradições das religiões de matriz africana bem como suas origens culturais. Com direção de Betse de Paula, a produção traz em 16 episódios entrevistas com especialistas, antropólogos, pais e mães de santos e praticantes para falar de seus mitos, características arquetípicas, símbolos e sincretismos. 

Segundo o Pai Rodney de Oxossi, babalorixá e antropólogo, o preconceito sofrido pelas religiões de matriz africana ao falar sobre Exu está relacionado à falta de conhecimento. "É importante ressaltar que nenhum orixá é santo. Mas Exu não é diabo nem santo, ele é Exu. Houve um sincretismo apressado e talvez cruel com Exu, mas ele simboliza e dimensiona a própria demonização do negro na sociedade brasileira", explica.

No episódio sobre "Omolu Obaluayê", por exemplo, a série destaca a celebração de Olubajé: uma festa dedicada a Obaluayê e sua família de orixás. Essa festa tem forte elemento relacionado à alimentação, que são considerados sagrados para o candomblé. Érica Laruso Yamin, Iaô de Oxum, afirma que esses alimentos têm poder de cura, tanto para o corpo físico quanto para o emocional e espiritual.

Durante a festa, o terreiro é decorado com as cores de Obaluaiyê e panelas de barro com comidas associadas a diversos orixás são trazidas em procissão. Elas ficam dispostas sobre uma esteira e formam a mesa do banquete. Todos os participantes compartilham pequenas porções enquanto dançam e cantam em louvor a Obaluayê.

A série está disponível no Curta!On - Clube de Documentários, que pode ser acessado na ClaroTV+ ou no site CurtaOn. Novos assinantes do site ganham sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo da plataforma. A produção é da Floresta Filmes e foi viabilizada pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Alma Preta
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