Soropositividade: entenda o que é e como quebrar o preconceito

Mesmo com os avanços da medicina e da tecnologia, falar em soropositividade ainda é muito difícil na nossa sociedade. Esse ainda é um assunto cercado de estigmas, o que gera preconceito e um certo medo de falar sobre.

No entanto, nos últimos anos, há um movimento de conscientização sobre o assunto que vem crescendo, mostrando que é possível viver de forma saudável, plena e com respeito. A desinformação é a principal barreira que impede a prevenção e o tratamento.

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O que é soropositividade?

Soropositividade é o termo utilizado para descrever a condição de uma pessoa que possui anticorpos contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no sangue. Isso significa que a pessoa foi infectada pelo vírus, mas não desenvolveu necessariamente a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida).

Saber diferenciar é o primeiro passo para romper com os estigmas e com a desinformação. Basicamente, o HIV é um vírus que compromete o sistema imunológico, que tem a função de proteger o corpo contra doenças. Quando uma pessoa é infectada pelo HIV, seu corpo produz anticorpos para combater o vírus. 

Ou seja, é a presença desses anticorpos no sangue que define a soropositividade. 

Qual a diferença entre HIV e AIDS?

É importante ressaltar que soropositividade não é a mesma coisa que AIDS. Uma pessoa soropositiva pode passar muito tempo sem desenvolver a AIDS, desde que siga o tratamento adequado e busque acompanhamento médico. Por isso é tão importante a testagem de rotina.

A AIDS é a fase mais avançada da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico está gravemente comprometido e o organismo fica vulnerável a infecções, e é aqui que entra o problema.

O SUS já oferece o tratamento antirretroviral (TARV), que oferece mais qualidade de vida para as pessoas soropositivas, o que faz com que muitos quadros não se agravem. A progressão do HIV para a AIDS não é inevitável.

Com o tratamento adequado e a adesão à terapia, muitas pessoas soropositivas vivem vidas longas e saudáveis, sem nunca desenvolver a AIDS.

Mitos e verdades sobre o HIV

Um dos motivos que tornam preocupante a questão de saúde no Brasil é a desinformação e o compartilhamento de mentiras que acabam só gerando mais discriminação e tabus.

Desmistificar a soropositividade é necessário, não só para o tratamento, mas também para a prevenção:

• O vírus do HIV não se transmite por abraços, beijos, compartilhamento de objetos, picadas de insetos ou contato casual;
• O HIV se transmite por relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas, transfusão de sangue contaminado e transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação);
• Pessoas soropositivas podem ter filhos saudáveis, com o tratamento adequado, a transmissão vertical do HIV pode ser evitada.
• HIV não tem cura, mas tem tratamento e os medicamentos antirretrovirais (ARVs) controlam a replicação do vírus, fortalecem o sistema imunológico e permitem que a pessoa soropositiva tenha uma vida longa e saudável.
• Pessoas soropositivas que atingem carga viral indetectável no sangue, através do tratamento, não transmitem o HIV. Isso é comprovado pelo estudo "Indetectável = Intransmissível" (I=I).

Tratamento e avanços na medicina

O tratamento do HIV evoluiu significativamente nas últimas décadas. Os ARVs são altamente eficazes e permitem que pessoas soropositivas vivam com qualidade de vida, sem desenvolver a AIDS, o que é muito importante.

Além disso, a medicina tem avançado na busca por uma cura para o HIV, com pesquisas promissoras em terapia genética e vacinas.

A adesão ao tratamento é fundamental para o sucesso e para evitar a resistência do vírus aos medicamentos, mas o principal continua nos cuidados e na prevenção.

O acesso universal ao tratamento antirretroviral é um direito humano fundamental. Garantir que todas as pessoas soropositivas tenham acesso aos medicamentos e ao acompanhamento médico é essencial para controlar a epidemia de HIV e garantir os cuidados necessários com mais qualidade de vida para quem é portador do vírus.

Preconceitos enfrentados por pessoas soropositivas

Apesar dos avanços na medicina e na conscientização sobre o HIV, pessoas soropositivas ainda enfrentam muitos preconceitos e discriminação.

A sorofobia, o medo e a aversão a pessoas soropositivas, é uma realidade que impacta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Esses preconceitos podem levar à exclusão social, dificuldades no trabalho e nos relacionamentos, além de impactar a saúde mental e só é possível mudar isso com informação.

Essa violência se manifesta de diversas formas, desde o medo irracional de contato com pessoas soropositivas até a discriminação no trabalho, na escola e na vida social. Essa forma de preconceito pode levar ao isolamento, à depressão e à baixa autoestima.

É importante lembrar que segundo a Lei n.º 12.984/2014 é considerada um crime com pena de até 4 anos de reclusão. Todos merecem respeito e dignidade, independentemente de sua condição de saúde.

Por isso, a luta contra o estigma e a discriminação é um desafio contínuo. É preciso promover a educação e a conscientização sobre o HIV em todos os níveis da sociedade, desde as escolas até os locais de trabalho.

A luta pelo combate ao preconceito contra pessoas soropositivas

Combater o preconceito contra pessoas soropositivas é fundamental para garantir seus direitos e promover a inclusão.

É preciso desmistificar a soropositividade, fornecer informações precisas sobre o HIV e a AIDS, além de promover um acesso de saúde adequada para o tratamento e para a prevenção. A educação é a chave para a mudança. 

Ao aprender sobre o HIV e a AIDS, podemos desafiar nossos próprios preconceitos Ao informar-se sobre o HIV, é possível desmistificar crenças erradas e evitar a propagação de informações falsas. A luta contra o preconceito é um esforço contínuo que exige a participação de todos.

Cuide da sua saúde e da saúde de quem está à sua volta! Para ler mais conteúdos sobre esse, acompanhe a Editoria Nós do Terra!