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SP prevê tornozeleiras eletrônicas para vigiar agressores de mulheres

Edital de contratação para mil dispositivos foi publicado nesta terça-feira, 27; vítimas também poderão rastrear aproximação de agressor

27 set 2022 - 11h53
(atualizado às 14h46)
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O uso de tornozeleiras eletrônicas poderia levar a uma economia de R$ 3,3 bilhões por ano para o Brasil, segundo relatório da GO Associados
O uso de tornozeleiras eletrônicas poderia levar a uma economia de R$ 3,3 bilhões por ano para o Brasil, segundo relatório da GO Associados
Foto: Governo de Goiás/Divulgação / Estadão

O governo estadual de São Paulo publicou nesta terça-feira, 27, um edital para contratar 1 mil tornozeleiras eletrônicas a serem usadas por agressores de mulheres que cumprem medidas protetivas concedidas pela Justiça. O objetivo é que as vítimas fiquem com uma unidade portátil do dispositivo, capaz de rastrear a aproximação do agressor por meio de um sistema de geolocalização.

O dispositivo em posse das vítimas emite um alarme ao detectar que o agressor violou a área delimitada pela decisão judicial. Simultaneamente, ele envia também um aviso à Polícia Militar e notifica se o agressor tentar remover o equipamento sem autorização.

Em caso de violação, uma das penas previstas é a prisão preventiva do agressor. Para Fernando José da Costa, secretário da Justiça e Cidadania, a medida permitirá que as mulheres "vivam sem a ameaça do retorno dos seus algozes".

Em caso de violação por parte do agressor, tornozeleiras vão emitir sinal simultâneo para a vítima e para a Polícia Civil
Em caso de violação por parte do agressor, tornozeleiras vão emitir sinal simultâneo para a vítima e para a Polícia Civil
Foto: Werther Santana/Estadão

“É algo novo e inédito em São Paulo e tenho certeza que será um grande passo no combate ao feminicídio”, afirmou o secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos. Ainda nesta segunda-feira, o Estadão mostrou que houve aumento dos estupros registrados em agosto, com 1.180 notificações no Estado - o pior resultado para o mês na última década.

Apesar de a Lei Maria da Penha garantir que mulheres vítimas de violência não possam ser contatadas presencial ou virtualmente pelos agressores, essa proteção costuma ter baixa efetividade sem o monitoramento e acompanhamento dos casos. Ainda no último dia 12, uma mulher e o filho foram mortos pelo ex-marido na zona leste da capital enquanto ela o levava à escola.

Denúncias de violência doméstica ou agressão contra mulheres podem ser feitas gratuitamente por meio do número 180 ou em uma Delegacia da Mulher, virtual ou presencial.

Estadão
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