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Supercopa consolida força do futebol feminino na TV aberta

Coordenadora de seleções femininas exalta sucesso do evento e fala sobre próximos passos da CBF para expandir calendário da modalidade

14 fev 2022 - 14h02
(atualizado às 17h39)
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Time do Corinthians superou o Grêmio na final e levou o título de campeão da Supercopa Feminina
Time do Corinthians superou o Grêmio na final e levou o título de campeão da Supercopa Feminina
Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Uma nova competição mostrou que o futebol feminino está consolidado no Brasil. Com números expressivos em audiência e estreia da primeira narradora da Globo na TV aberta, a Supercopa Feminina, que teve o Corinthians como campeão, abriu uma nova perspectiva sobre a modalidade. 

O formato curto, mata-mata, e a presença de equipes de sete estados foram apostas interessantes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A ideia era, principalmente, preencher uma lacuna que existia no início de temporada do calendário feminino, mas o êxito foi maior do que o esperado. 

“Estamos no caminho certo, a primeira edição foi um sucesso. Agora é continuar trabalhando para que a gente veja esse sucesso nas outras competições do nosso calendário. Mas, hoje, a Supercopa do Brasil é uma realidade e tenho certeza que as equipes irão fazer de tudo para conquistar uma vaga na próxima edição”, disse Aline Pellegrino, coordenadora de seleções femininas da entidade, ao Terra.

As transmissões das partidas no Grupo Globo ratificaram o sucesso do torneio, que levou quase 20 mil pessoas à Neo Química Arena para a final entre Corinthians x Grêmio. Apesar de o Brasileirão Feminino ser televisionado pela Band desde o ano passado, o alcance da maior emissora do País quebrou mais alguns tabus.

A final entre Corinthians e Grêmio, no último domingo (13), às 10h30, marcou 11 pontos de média no Ibope da Globo, e picos de 12 com bola rolando, em São Paulo, segundo informações do jornalista Gabriel Vaquer. O evento teve dois pontos acima do registrado na média com a exibição do “Esporte Espetacular” em 2022, na mesma faixa de horário.

Para efeitos de comparação, a estreia do Paulistão, na Record, teve média de 7,7 pontos na partida entre Palmeiras e Novorizontino na Grande São Paulo.

“Desde a idealização da Supercopa do Brasil Feminina imaginávamos esse cenário, com jogos emocionantes e competitivos, transmissão na TV aberta e um apelo muito grande do público”, afirmou Pelle.

“Iniciar o ano com a disputa de um título traz um ânimo diferente para a temporada, serve também como um termômetro do que as equipes estão preparando. Sem dúvidas, todos os times chegam ainda mais animados para a disputa do Brasileirão Feminino”, acrescenta a dirigente.

Neo Química Arena recebeu público de 20 mil pessoas na final da Supercopa
Neo Química Arena recebeu público de 20 mil pessoas na final da Supercopa
Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Calendário feminino mais recheado

A iniciativa da Supercopa Feminina ampliou os horizontes da CBF a respeito do calendário de competições. No entanto, criar um ambiente sustentável economicamente e somar torneios à tabela é o empecilho no projeto de expansão.

“Esse ano será desafiador como o primeiro sem o auxílio financeiro do Fundo de Legado da Copa do Mundo Fifa 2014. Com a chegada de novos parceiros comerciais e venda do direito de transmissão queremos criar um projeto sólido que sustente todas as nossas competições adultas e de base”, afirmou a coordenadora.

O calendário feminino terá novidades em 2022 com o acréscimo de uma divisão no campeonato nacional. Atualmente são 52 equipes entre Série A1, que conta com 16, enquanto as outras 36 estão na Série A2. Neste ano, a novidade é a A3, que vai dividir os torneios da seguinte forma: 16 na elite, 16 na 2ª divisão e 32 na 3ª.

“O fato de termos três divisões na categoria adulta aumenta a competitividade e a qualidade  dos jogos. Além disso, um calendário fixo auxilia no planejamento das equipes. O ano de 2022 será de muito trabalho e tenho certeza que a cada ano teremos nosso projeto ainda mais consolidado no futebol feminino. É o que eu sempre digo, daqui pra frente não tem mais volta”, finalizou Pelle. 

Papo de Mina
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