Suspeito de agarrar mulheres em SP surge de muletas e mancando após crimes; veja vídeo

O homem suspeito de agarrar mulheres e tentar obrigá-las a entrar em um carro na região da Mooca, Zona Leste de São Paulo, foi flagrado por câmeras de segurança de um comércio, na mesma região em que atacava as vítimas, caminhando com muletas e mancando. As imagens, divulgadas pela TV Globo, foram captadas três dias após os crimes. 

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Segundo a Polícia Civil, o suspeito, identificado como Solirano de Araujo Sousa, de 48 anos, aparece saindo do carro que usava para os crimes, um Fiat Uno cinza, e andando com o pé enfaixado para dentro de um comércio. Os policiais apuram se ele foi ao local para receber dinheiro em troca de saques com o cartão bancário para tentar fugir. 

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De acordo com a corporação, foi feito um pedido de prisão temporária contra Soliriano, que ficou conhecido como 'Maníaco do Carro', e 'Maníaco da Mooca', nas redes sociais. O pedido de prisão temporária foi solicitado pela autoridade policial do 57º Distrito Policial (Parque da Mooca). Ele ainda não foi localizado, e a polícia pede que a população denuncie, caso o encontre, pelo Disque-Denúncia (181). 

O carro usado por ele para atacar mulheres foi apreendido na quarta-feira, 18. Dentro do veículo, que estava abandonado em uma comunidade da Zona Leste, foi encontrada uma faca, além de roupas. Até o momento, foram registradas seis denúncias contra Soliriano, com um total de sete vítimas. O policiamento foi reforçado na região.

A investigação apontou que o homem atacou mulheres, uma adolescente e uma criança, com idades entre 11 e 34 anos. Todas caminhavam sozinhas por ruas da Mooca e Sapopemba quando foram abordadas.

Câmeras de segurança registraram a maioria dos ataques. Algumas vítimas conseguem correr e fugir do homem. Os casos foram registrados na polícia como constrangimento ilegal e roubo.

Apesar de não terem sofrido agressão sexual, as vítimas suspeitam que o homem tinha intenção de estuprá-las ou abusar delas. No entanto, Ricardo Salvatori, delegado titular do 57º Distrito Policial, afirmou à TV Globo que, até agora, não há evidências de que o homem tinha a intenção de estuprar, abusar ou assediar sexualmente as mulheres

"Não deu tempo de ele falar o que ele pretendia efetivamente. Então, o tratamento onde ele não falou nada, verificamos 'constrangimento ilegal'. E no que ele anunciou o assalto foi no [crime de] 'roubo'. A gente não trabalha com presunção. Então no momento certo, com a prisão dele, ele vai declarar a intenção dele", disse o delegado. "Se ele falar: 'não, eu tinha a intenção de um ato sexual, de um sequestro, de um sequestro-relâmpago com fins patrimoniais'... Ele vai se defender nesse sentido e a gente pode alinhar a investigação nesse sentido", disse a autoridade policial.

Além dos crimes de "constrangimento ilegal" e "tentativa de roubo", a polícia também poderá investigar Solirano por "adulteração de sinais identificatórios de veículo automotor", já que ele conduzia um carro sem placas.

A polícia informou que o homem de 48 anos já foi condenado à prisão por um roubo em 2000. Ele havia recebido pena de 11 anos de prisão, mas deixou a cadeia em 2009.