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Suspeito de hackear Janja publicava músicas machistas e sexistas em conta verificada no Spotify

João Vitor Corrêa Ferreira, um dos investigados pela pelo ataque hacker à primeira-dama, produzia músicas de rock com teor machista, sexista e de apologia ao nazismo

14 dez 2023 - 12h08
(atualizado às 12h36)
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A primeira-dama teve seu X, antigo Twitter, hackeado na noite da segunda-feira, 11
A primeira-dama teve seu X, antigo Twitter, hackeado na noite da segunda-feira, 11
Foto: Wilton Junior/Estadão

Um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) que investiga os suspeitos do ataque hacker à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, é produtor de conteúdo musical com teor racista, sexista, misógino e nazista.

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João Vítor Corrêa Ferreira, de 25 anos, é morador de Ribeirão das Neves (MG) e sua residência foi alvo de um mandado de busca e apreensão na tarde de terça-feira, 13. No Spotify, sob o apelido "Maníaco", ele publicava faixas musicais de rock com apologias ao racismo, à misoginia e ao nazismo.

O perfil de "Maníaco" no Spotify já está fora do ar, mas contava com o selo de verificado pela plataforma. Ele tinha mais de 4 mil ouvintes mensais e quatro álbuns publicados com músicas ostensivamente preconceituosas. Questionada sobre o selo de verificado, a assessoria do Spotify esclarece que a política da plataforma para a cessão do selo é distinta de outras redes sociais. O perfil verificado só sinaliza que o usuário em questão é o artista que reivindica ser, e não configura, necessariamente, endosso da plataforma ao conteúdo produzido.

Janja teve seu X, antigo Twitter, hackeado na noite da segunda-feira, 11. Durante pouco mais de uma hora, os invasores utilizaram a conta para publicar conteúdo ofensivo e de cunho sexual. A PF, desde então, tem investigado os suspeitos do ataque. O perfil de Janja no X foi bloqueado por meio de notificação extrajudicial da AGU e segue indisponível.

"Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo", afirmou a primeira-dama sobre o ataque hacker. "O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos, e os responsáveis, punidos", escreveu em seu Instagram.

Confira a íntegra do posicionamento do Spotify

As nossas regras de plataforma de longa data deixam claro que não permitimos conteúdo que promova o extremismo violento ou conteúdo que incite à violência ou ao ódio contra um grupo de pessoas com base no sexo. Após análise, removemos diversas músicas por violarem nossas políticas. Como sempre, o contexto é importante e o conteúdo que não incita claramente à violência ou ao ódio poderia permanecer na plataforma."

Estadão
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