Thiago Brennand: como será a extradição do empresário
Equipe terá um delegado, dois agentes da PF e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu
Nesta segunda-feira, 17, o empresário Thiago Brennand teve sua prisão nos Emirados Árabes confirmada pela TV Globo. Com o pedido de extradição aprovado, a equipe que fará a extradição do empresário para o Brasil é composta por um delegado, dois agentes da Polícia Federal e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu, por causa do histórico de violência de Brennand.
Acusado de estupro, agressão, ameaça e cárcere privado, Brennand foi detido em um hotel de Abu Dhabi e disse que era inocente. A inteligência da polícia dos Emirados Árabes pensou que o empresário pudesse tentar fugir para a Rússia, onde já morou, e por isso foram rápidos em efetuar a prisão.
Atualmente, o empresário tem cinco mandados de prisão preventiva em seu nome. Com a prisão efetivada, Thiago Brennand deve ser extraditado para o Brasil nos próximos dias. A Polícia Federal e o Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos estão tratando da extradição.
Entenda o caso
No ano passado, Thiago agrediu violentamente uma modelo em uma academia de luxo em São Paulo. Helena Gomes falou que o empresário estava alterado e mandou ela sair do equipamento. A mulher disse alto que não iria sair do lugar e Brennand respondeu que “mulher não gritava com ele”. O empresário cuspiu e arrancou tufos de cabelo da vítima. Tudo foi captado em um vídeo de segurança da academia, e as imagens em que Thiago agride a modelo foram divulgadas
Antes do seu mandado de prisão por agredir a modelo na academia ser expedido, o empresário viajou para os Emirados Árabes. Thiago foi considerado foragido e acabou sendo preso pela Interpol em Abu Dhabi, em outubro de 2022, mas foi solto após pagar fiança.
Após o caso da modelo agredida na academia, o Ministério Público começou a investigar ao menos outras dez denúncias de mulheres que acusam Thiago Brennand de estupro. Segundo uma das vítimas, ele a teria forçado a tatuar as iniciais dele. Denúncias de cárcere privado, lesão corporal e maus-tratos também estão sendo apuradas.