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Torcedor do Flamengo que beijou repórter da ESPN é denunciado por importunação sexual

Jéssica Dias foi assediada antes de jogo da equipe rubro-negra com o Vélez Sarsfield na Libertadores

22 set 2022 - 23h52
(atualizado em 23/9/2022 às 10h11)
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Repórter Jéssica Dias foi assediada por torcedor no Maracanã
Repórter Jéssica Dias foi assediada por torcedor no Maracanã
Foto: Reprodução

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou o torcedor do Flamengo Marcelo Benevides Silva por importunação sexual - artigo 215-A do Código Penal - nesta quinta-feira, 22. Ele beijou sem consentimento a jornalista Jéssica Dias, da ESPN, em momento de reportagem antes do jogo da equipe carioca diante do Vélez Sarsfield, no Maracanã, pela Copa Libertadores.

Jéssica Dias foi surpreendida durante a transmissão no entorno do estádio e ainda relatou que o flamenguista a acariciou sem sua anuência. Marcelo Benevides pode ser condenado entre um a cinco anos de reclusão.

A denúncia oferecida pela promotora de Justiça Glícia Pessanha Carvalho Viana, integrante do GTT-Desporto, relata que "a jornalista se preparava para entrar em uma transmissão para televisão, quando Marcelo Benevides começou a gritar e proferir xingamentos, sendo solicitado pela vítima a se acalmar."

A promotora seguiu com a denúncia, relatando o comportamento inadequado de Benevides. "O denunciado, então, se aproximou dela, pediu desculpas, colocou a mão em seu ombro, deslizando-a até o braço e deu um beijo no ombro da vítima, que se esquivou. Em seguida, ela iniciou uma reportagem ao vivo e, enquanto falava com a apresentadora do programa, o denunciado voltou a beijá-la, agora em seu rosto, contra a sua vontade."

O torcedor ainda tentou fugir do local, mas acabou detido por dois profissionais da ESPN que auxiliavam a repórter na cobertura. Ele foi detido e encaminhado ao presídio de Benfica, onde passou uma noite. Mas acabou liberado após pagamento de fiança.

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Rio, considerou na época que não havia prova do risco que o agente representa à ordem pública, à ordem econômica, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. Agora, Benevides terá seu crime de importunação sexual julgado e terá de se explicar à Justiça.

Estadão
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