Trans brasileira é condenada à prisão por matar italiana durante implante de silicone
Defesa fez acordo para encerrar julgamento. Ela foi considerada culpada por exercício abusivo de profissão sanitária e omissão de socorro
A justiça de Modena, na Itália, condenou a brasileira Pamela Andress, 52 anos, a quatro anos e oito meses de prisão pela morte da italiana Samantha Migliore, 35, ocorrida durante um fracassado procedimento estético nos seios em abril deste ano.
Andress foi considerada culpada pela morte como consequência de outro delito, no caso, o exercício abusivo de profissão sanitária, e por omissão de socorro. A acusada não tinha nenhuma formação médica para o procedimento.
A condenação veio após a defesa da brasileira fechar um acordo para encerrar o julgamento rapidamente e foi anunciado por um tribunal local.
O caso ocorreu em 21 de abril deste ano. Migliore estava passando por um procedimento para aumentar os seios dentro de sua residência, em Maranello, mas começou a passar mal. Andress fugiu do local e o marido da vítima, Antonio Bevilacqua, levou a esposa "ainda com as seringas nos seios" para um hospital local.
"Em poucos minutos, ela morreu em meus braços", disse Bevilacqua à imprensa local. A italiana chegou ao hospital já sem vida.
Andress só se entregou à polícia no dia seguinte e a defesa sempre negou que ela tivesse sido omissa na conduta, dizendo que a cliente esperou até a hora que a ambulância chegou - algo que foi refutado pela justiça.
A autópsia apontou que Migliore morreu por conta de uma embolia pulmonar provocada pela entrada de silicone nos pulmões.