Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Travesti Anyky Lima vira nome de rua em BH: confira outras homenagens

Preservação de memória de pessoas trans é estratégia no combate à transfobia

2 mar 2023 - 13h52
Compartilhar
Exibir comentários
Belo Horizonte ganha sua primeira rua com nome em homenagem à uma travesti, a ativista Anyky Lima
Belo Horizonte ganha sua primeira rua com nome em homenagem à uma travesti, a ativista Anyky Lima
Foto: Reprodução Twitter

A deputada federal Duda Salabert anunciou que uma rua em sua cidade natal, Belo Horizonte, vai ganhar, pela primeira vez, o nome de uma travesti: a ativista Anyky Lima

Localizada no bairro Palmares, a rua que ainda não tinha nome e agora homenageará Anyky é parte de um projeto de memória idealizado e redigido pelo advogado e cientista político Thiago Coacci.

"Pela primeira vez na história terá rua com nome de travesti em BH! Nosso PL foi aprovado hoje na Câmara Municipal de BH, nele homenageamos a querida Anyky Lima, dando o seu nome a uma via que não tinha nome no bairro Palmares. Essa é uma maneira de manter viva a memória Trans", publicou Duda em seu perfil no Twitter.

Anyky foi uma ativista pioneira na luta pelos direitos da população LGBTQIA+, em especial na comunidade trans, e atravessou períodos difíceis para a comunidade como a ditadura militar nos anos 70 e a eclosão do HIV/Aids nos anos 90. 

A ativista foi também presidenta do Cellos-MG (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual em Minas Gerais) e representante estadual por Minas na ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). Anyky faleceu no dia 14 de abril de 2021, aos 65 anos, vítma de um cancêr de intestino. 

Leis e homenagens

A escolha por Anyky é um marco importante para a cidade e todo o país, composto por um número significativo de logradouros com nomes de bandeirantes e escravocratas, ainda que a lei federal nº 6.454, de 24 de Outubro de 1977 proiba tais homenagens. 

Segundo o texto da lei: "É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade".  

No Distrito Federal e em São Paulo leis estaduais e municipais proíbem ainda homenagem a militares integrantes da ditadura militar. 

Travestis presentes

Assim como em Belo Horizonte, outras cidades estão buscando formas de preservar a memória de pessoas trans, também como uma estretégia de combate à LGBTfobia, em especial à transfobia. 

A primeira travesti a dar nome a uma rua no país foi Dandara Maria dos Santos, em uma via no bairro Bom Jardim, em Fortaleza, Ceará. A homenagem foi estabelecida em 2020, e a escolha por dandara se deu também como uma forma de conscientizar a população.

Dandara foi assassinada z pauladas e pedradas em 2017 por um grupo de homens, que gravou o crime e divulgou nas redes sociais. 

Já a cidade de São Paulo conta com cinco centros de referência de diversidade e cidadania LGBTQIA+, sendo três deles nomeados em homenagem a mulheres trans e travestis: Claudia Wonder, na zona Oeste da cidade, Laura Vermont, na zona Leste e Brunna Valin no centro da capital.  

Fonte: Redação Nós
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade