Trump é condenado por abuso sexual e difamação de ex-jornalista
O porta-voz de Trump, Steven Cheung, afirmou que ele irá recorrer da decisão
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi condenado, nesta terça-feira, 9, por abusar sexualmente e difamar a ex-jornalista E. Jean Carroll, nos anos 1990. O julgamento ocorreu em Nova York, no Tribunal de Manhattan. A decisão foi tomada em menos de três horas, por unanimidade de votos - seis homens e três mulheres participaram do júri.
Trump foi condenado a pagar quase US$ 5 milhões em danos compensatórios à ex-jornalista. A condenação também pode ser um impeditivo para sua candidatura em 2024, pela qual o ex-presidente já fazia campanha.
À agência de notícias Reuters, o porta-voz de Trump, Steven Cheung, afirmou que ele irá recorrer da decisão. Até que a apelação seja finalizada, o ex-presidente não precisará pagar o montante.
Relembre o caso
Ainda de acordo com a Reuters, em seu depoimento, Carroll disse que Trump a estuprou no camarim de uma loja de departamentos no ano de 1995 ou 1996. O júri concluiu que houve abuso sexual, mas não estupro.
Depois disso, em 2022, já enquanto ex-presidente, Trump fez uma publicação em sua rede social, a Truth Social, com difamações contra ela, ao afirmar que as alegações de Carroll eram uma "fraude completa", "uma farsa" e uma "mentira".
Esse é apenas um dos processos que Trump vem enfrentando desde que deixou a presidência dos EUA. Os problemas com a Justiça, porém, não parecem afetar a sua popularidade entre sua base de eleitores: ele é o favorito nas pesquisas de opinião para a indicação para concorrer ao mais alto cargo dos EUA pelo partido Republicano.