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Aluno da USP acusado de importunação sexual é expulso de moradia estudantil

Suspeito e vítima estudam na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; caso ocorreu em agosto e está sob investigação

12 set 2024 - 16h28
(atualizado às 17h41)
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Aluno da USP acusado de importunação sexual é expulso de moradia estudantil
Aluno da USP acusado de importunação sexual é expulso de moradia estudantil
Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO / Estadão

A Universidade de São Paulo (USP) expulsou de seu conjunto residencial, o Crusp, o estudante acusado de importunação sexual contra outra aluna da universidade. A expulsão foi inicialmente revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada ao Terra pela reitoria da instituição, nesta quinta-feira, 12.

O caso envolve dois alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), ocorreu em agosto deste ano, dentro do Crusp, e foi registrado como importunação sexual. O caso está sob investigação.  

Em nota, a USP afirma que a vítima foi acolhida e que um processo administrativo disciplinar foi criado. "Logo após o ocorrido, a vítima foi acolhida por duas assistentes sociais, que estão fazendo o acompanhamento da estudante. Após a decisão da aluna para dar sequência à denúncia de violência, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (Prip) encaminhou a abertura de processo administrativo disciplinar junto à Procuradoria Geral da Universidade para apuração e medidas cabíveis, assim como providenciou a saída do estudante acusado da moradia estudantil", afirmou o comunicado.

Abuso no Crusp

A vítima foi identificada como Yasmin Mendonça, de 20 anos. Ao jornal, ela revelou que a importunação ocorreu na noite de 19 de agosto, após ser convidada pelo vizinho, o acusado, para tomar um café na cozinha dele.

Lá, o suspeito a agarrou, tentando beijá-la. Ele ainda teria acariciado partes do corpo da estudante. Assustada, Yasmin correu para o seu apartamento. Em outro momento, ela encontrou o suspeito e o confrontou, afirmando que não gostou do que ocorreu. Ele, então, a agarrou.

A estudante levou o caso para a sua assistente social na Prip. A agente respondeu que entraria em contato com a assistente responsável pelo outro morador do Crusp e que ambas falariam com ele.

"A assistente social dele questionou o motivo de eu não ter reagido e disse que o menino não tinha noção do que estava fazendo. Me senti humilhada", desabafou.

O suspeito foi transferido de bloco no conjunto residencial da universidade. Mas Yasmin relatou que o encontrou por diversas vezes e que foi alvo de deboches por parte dele. A estudante ficou traumatizada com o caso e chegou a se trancar no apartamento da moradia estudantil, deixando de frequentar as aulas.

"Estou cansada, exausta, com medo. Preciso ter alguém ao meu lado sempre, estou fugindo, tive que mudar toda a minha rotina após o estupro, e o cara circula livremente por aí", afirmou. O caso é investigado pela polícia.

Fonte: Redação Terra
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