Vencedora do Miss São Paulo 2024 sofre ataques racistas nas redes sociais
A organização do Miss Universe São Paulo e do Miss Universe Brasil se disse chocada com as ofensas
Milla Vieira, eleita Miss São Paulo 2024, vem sendo alvo de inúmeros ataques racistas em suas redes sociais. O ódio e a agressividade da mensagens foi considerado tão extremo que as organizações do Miss Universe São Paulo e do Miss Universe Brasil afirmaram estar chocados em manifestação em defesa da modelo.
Nota de repúdio
"Estamos chocados com tamanhas atrocidades nas redes sociais e sentimos demais por tudo o que nossa Miss vem passando desde que foi eleita. Desde mensagens colocando em cheque sua inquestionável beleza, até memes com a intenção de prejudicar sua imagem. Reiteramos a nota acima e salientamos que a decisão dos jurados (mais de 20 jurados) foi respeitada, e a Milla eleita por mérito e excelência de suas competências e por sua beleza. Milla tomará medidas legais com nosso apoio e esperamos que todos que deferiram mensagens depreciativas conotando racismo paguem por isso", diz a nota de repúdio.
Reação de Milla Vieira
A paulista de 33 anos publicou fotos de alguns dos comentários que recebeu em suas publicações e questionou: "Por que tanto incômodo? Por que tanto ódio?". Ela também afirmou que denunciará os autores: "Internet não é terra sem leis, e os responsáveis serão, sim, penalizados. Aqui a 'cultura do hate' não se perpetuará".
Trajetória e conquistas
Natural da capital paulista, Milla começou sua jornada nos concursos de miss em 2014, quando foi eleita para representar o país no Miss Supranational daquele ano, na Polônia. Foi quando sua carreira como modelo internacional deslanchou e a levou a morar em países como África do Sul, Espanha, Estados Unidos, México, Uruguai e Itália.
Representante de São Bernardo no concurso paulista, ela foi a quinta mulher negra a ser eleita Miss São Paulo (Universo), na 68ª edição do evento. Antes dela, também usaram a coroa Karen Porfírio (2017), Sabrina Paiva (2016), Sílvia Novais (2009) e Joyce Aguiar (2001).