Vereadora alega transfobia e pede cassação de Pavanato na Câmara de São Paulo
Verador disse a Amanda Paschoal, uma mulher trans, que 'biologicamente' ela é homem
A vereadora Amanda Paschoal (PSOL) protocolou na última quarta-feira, 12, um pedido para a cassação de Lucas Pavanato (PL). A parlamentar, que é uma mulher trans, tomou a atitude após o colega dizer que ela é 'biologicamente um homem', durante sessão da Câmara Municipal de São Paulo.
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Amanda Paschoal alega que o vereador adota essa postura de forma corriqueira. O caso foi entregue à Corregedoria da Câmara sob o argumento de “homotransfobia e violência política de gênero”, de acordo com Amanda.
"Enquanto o povo de São Paulo enfrenta a fome, a desigualdade, o abandono e a insegurança, a preocupação de vereadores de extrema direita é perseguir e propagar o ódio contra pessoas trans e travestis. Cabe lembrar que transfobia é crime no Brasil com pena de reclusão de até 5 anos. Não aceitarei que esta Casa se transforme em uma Casa de ódio. Estou aqui em nome de um projeto de justiça social e democracia. Qualquer vereador que se sentir no direito de cometer transfobia ou qualquer crime contra os direitos humanos será devidamente responsabilizado legalmente", afirmou a vereadora em postagem nas redes sociais.
Outro lado
Em contato com o Terra, o vereador do PL se posicionou. "Eu jamais pediria a cassação da parlamentar (Amanda Paschoal) por expressar a própria opinião. Ela está pedindo a minha. Isso é a prova de que o PSOL é extremista, autoritário e não tolera a democracia", disse.
Em nota, o vereador admitiu a fala sobre Amanda, mas disse que "não proferiu discurso de ódio" nem "incitou qualquer forma de violência ou hostilidade contra a vereadora".
Recentemente, Lucas Pavanato, vereador mais votado em São Paulo na eleição municipal de 2024, protocolou três projetos que miram direitos da população transgênero, em relação a esportes, saúde e banheiros.