Vini Jr agradece apoio e reforça luta contra o racismo
"Cada vez mais vou seguir firme por todos aqueles que não têm oportunidade de lutar", disse ele
O atacante Vinícius Júnior, após o treino do Brasil desta quinta-feira (15), na Espanha, pediu à assessoria da CBF para falar com a imprensa. O jogador do Real Madrid agradeceu o apoio não só dos brasileiros, mas de todas as pessoas e entidades após ser alvo de ofensas racistas. Um dos melhores jogadores do mundo, o atacante, agora chefe do comitê antirracismo da FIFA, afirmou não parará a sua luta contra o preconceito.
"Venho aqui agradecer a todos que estiveram comigo desde o episódio que aconteceu no último jogo contra o Valencia. O president, junto com a CBF, o Infantino, que teve hoje junto com a gente. Ele sempre está dando força a todos os clubes do Brasil. Todas as pessoas do Brasil e do mundo inteiro estão comigo me dando forças para eu seguir nessa batalha. É necessário ter alguém que possa seguir firme para que cada vez mais possa diminuir (racismo). E eu quero seguir isso por todos aqueles jovens e pessoas que sofrem e não têm a voz que eu tenho. Eu quero seguir junto com vocês", disse Vinícius Júnior.
"Um dia eu dei uma entrevista dizendo que queria que todos os brasileiros torcessem por mim, e eu acho que cada vez estou mais próximo disso. Vejo todos na internet me dando muito apoio, todos me acompanhando. As pessoas me desejando muita sorte não só no futebol mas também fora dele. Aliás, pessoas de outros meios que antes não me acompanhavam, agora me acompanham. Cada vez mais vou seguir firme por todos aqueles que não têm oportunidade de lutar", completou o jogador.
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Recado em espanhol
Vinícius Júnior começou a coletiva de imprensa falando em português. No entanto, após pedido de jornalistas espanhóis, o jogador seguiu passando seu recado em espanhol. Ele reforçou o apoio que a CBF, o Real Madrid e a FIFA estão lhe dando. Em outra passagem da coletiva de imprensa, Vini contou como lida com a pressão no futebol desde seu início no Flamengo.
"Tenho a cabeça muito tranquila. Minha família e o Flamengo me ajudaram quando eu era muito pequeno em sofrer não só contra o racismo, mas também com toda a pressão que colocaram em cima de mim com 16 anos. Sempre trabalhei calado e hoje tenho a força de falar sobre um assunto tão importante."
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