Vítima de gordofobia e machismo, deputada vai denunciar presidente de CPI por ataque
Sâmia Bomfim confirmou que vai acionar a Procuradoria Geral da República após comentário preconceituoso do Tenente Coronel Zucco
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi vítima de machismo e gordofobia na última quinta-feira, 3, durante uma sessão da CPI do MST. O presidente da comissão, deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) disse que a parlamentar estava nervosa. "A senhora pode, também, daqui a pouco, tomar qualquer atitude, ficar mais calma. A senhora respeite, a senhora está nervosa, deputada? Quer um remédio? Ou quer um hambúrguer?", disse.
Nesta sexta-feira, 4, a deputada utilizou suas redes sociais para repudiar a fala de Zucco. Sâmia descreveu o episódio como lamentável e disse que vai denunciar os crimes cometidos na sessão à Procuradoria Geral da República (PGR) e acrescentá-los a um inquérito já aberto contra o relator Ricardo Salles e o Coronel Zucco devido a outros comentários em sessões anteriores.
Durante o relato, Sâmia disse que além do presidente e do relator da sessão, outros membros da comissão utilizam a violência como forma de intimidar as mulheres. A deputada pontuou que os homens bolsonaristas estão sempre interrompendo as falas das mulheres e cortando o áudio do microfone. Ela disse ainda que o ataque vai para além da sessão: “Sem contar o show de atrocidades que protagonizam aqui nas redes sociais com memes e sátiras a respeito do meu corpo”, ressaltando a ocorrência de episódios de gordofobia.
Já declarado durante a CPI de quinta-feira, Sâmia reforçou em sua publicação que o crime cometido foi o de violência política de gênero.