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Vítima de Leandro Lehart conta detalhes sobre 'abuso grotesco e repugnante'

Músico foi condenado por estupro e cárcere privado, com pena de mais de 9 anos de prisão

19 set 2022 - 10h37
(atualizado em 20/9/2022 às 11h21)
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Leandro Lehart cometeu ato escatológico durante estupro e trancou vítima no banheiro
Leandro Lehart cometeu ato escatológico durante estupro e trancou vítima no banheiro
Foto: Reprodução/Instagram

Rita de Cássia Corrêa, que denuncia o músico Leandro Lehart, do grupo Art Popular, por estupro e cárcere privado, deu detalhes sobre o caso em entrevista exclusiva ao Fantástico, neste domingo, 18.

"A minha vida hoje, ela é feita de dores psicológicas, físicas, de limitações. Esse monstro cometeu todas essas atrocidades comigo em uma noite", diz a vítima de 40 anos, que considera ter sua vida destruída após o abuso.

Rita se aproximou do músico em 2017. Eles começaram a conversar por meio da internet e, ao saber que a vítima tocava piano, Leandro a convidou para ir conhecer seu estúdio. O espaço ficava em uma região nobre da zona norte de São Paulo.

Depois desse primeiro encontro, eles continuaram se vendo. Em cinco ocasiões, houve relações sexuais - que aconteciam de forma consensual. Porém, em 2019, Leandro se revelou agressivo.

"Ele me convidou para subir para o quarto dele que ficava no andar de cima da casa. Eu consenti e subi. Ele parou e perguntou: 'Vamos ao banheiro para terminarmos lá? Porque de lá já poderíamos tomar um banho'. Eu não vi maldade nisso. Em sair ali do quarto e terminar ali no banheiro a relação sexual", conta Rita, na entrevista.

No banheiro, Leandro a imobilizou e cometeu um ato escatológico de violência --com o envolvimento de fezes. "Eu já comecei a me debater e pedindo para ele parar. E tentando tirá-lo de cima de mim, mas eu não conseguia. Ele ainda se masturbou até chegar ao orgasmo", detalha a vítima.

Depois disso, ela conta que Leandro a trancou no banheiro por um bom tempo. Lá, ela relembra ter chorado muito e feito de tudo para tentar se higienizar, "tentando tirar todo aquele cheiro horrível". Ela conta que gritava para ser solta, mas que o músico dizia que só a deixaria sair quando ela se acalmasse para que eles conversassem.

Quando foi solta do banheiro, as agressões não pararam. Além do estupro e do cárcere privado, Leandro é acusado de racismo. 

"Ele disse: 'Você acha que eu queria o quê? Relacionamento? O que você acha que eu gostaria de uma negrinha como você?'. Que não era para eu contar para ninguém, divulgar na mídia, procurar a polícia. Porque eu nem teria condições de pagar um advogado para me defender, que o dinheiro que ele tem, os advogados dele iam agir contra mim, que eu ia sair com uma aproveitadora", conta Rita.

Após as agressões físicas e verbais, a vítima conta que Leandro chamou um motorista de aplicativo de carro para buscá-la e a deixou ir embora.

Seis meses depois do ocorrido, o acusado tentou entrar em contato com Rita para pedir perdão. Por mensagem, ele teria enviado: "Se te humilhei sexualmente e você está nessa situação, eu assumo isso. Com muita vergonha, mas assumo. Porque fiz isso com uma mulher, em troca do meu prazer. Fui egoísta. Se você se sentir no direito de me denunciar, faça. Não ficarei chateado."

Depois de tudo isso, Rita afirma que sua vida nunca mais foi a mesma. Ela passou a conviver com intensos problemas emocionais, perdeu seu emprego e tentou, até mesmo, tirar a própria vida, se jogando de um lance de escadas.

Acusado alega inocência

Leandro Lehart, fundador do grupo de pagode Art Popular, é condenado a quase 10 anos de prisão
Leandro Lehart, fundador do grupo de pagode Art Popular, é condenado a quase 10 anos de prisão
Foto: Reprodução/Instagram/@leandrolehart

Leandro Lehart foi condenado a 9 anos e 7 meses de prisão por estupro e cárcere privado e recorre em liberdade. A decisão foi dada no último dia 9.

O músico negou as acusações em depoimento à Justiça e segue reafirmando sua inocência. Em publicação em seu Instagram, Leandro disse estar sendo vítima de uma grande injustiça. "São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na Justiça, e mesmo que ela tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca.”, ressalta.

Em nota oficial à imprensa, a equipe de advogados de Leandro ressaltou que o caso corre em segredo de Justiça e que ainda pende de decisão final, "o que impede maiores considerações quanto aos fatos".

Fonte: Redação Terra
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