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11 alimentos que foram extintos ao longo da História

No passado, eles eram presença constante nas refeições. Mas desapareceram pra sempre!

3 mai 2023 - 06h10
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Sejam eles da fauna ou da flora, existem alimentos que simplesmente foram extintos, não existem mais. Você já ouviur falar da pêra ansault, por exemplo? O escritor U.P. Hendrick, do início do século 19, a descreveu como uma fruta "de alta qualidade". E teremos que acreditar apenas na palavra dele, afinal, a pêra ansault desapareceu logo após a publicação dessas palavras. 

E não foi só ela. Muitas frutas, vegetais e carnes que nunca mais serão degustados, seja porque foram consumidos até serem extintos ou por outros fatores históricos, esses são os alimentos da história que não podem mais ser comidos.

Foto: Reprodução

Pêra Ansault

Primeiramente cultivada em Angers, França, em 1863, a fruta era valorizada por seu sabor. No livro de 1917 “The Pears of New York”, U.P. Hendrick escreveu que ela "é notável e cremosa, melhor do que qualquer outra pera. O sabor doce e rico e o perfume delicado, mas distinto, contribuem para tornar os frutos de alta qualidade".

Árvores irregulares e o surgimento da agricultura comercial contribuíram para a morte da fruta. As árvores da pêra ansault eram difíceis de serem cultivadas em grandes pomares, tornando-se nada atrativas para os agricultores comerciais, que optaram por outras variedades de peras. Ela desapareceu por completo no início do século 20.

Foto: Reprodução

Pombo-passageiro

Considerados “ratos voadores” nos dias de hoje por causa de suas doenças e piolhos, certas variedades de pombos já foram alimentos. O pombo-passageiro, por exemplo, era uma fonte vital de alimento para o povo indígena norte-americano Seneca, que o chamava de jah'gowa, ou "pão grande". A ave aparentemente era tão saborosa que não foi capaz de sobreviver. 

A caça, combinada com a perda de habitat e alimentação, reduziu seus números de até 3 bilhões no início dos anos 1800 para apenas um em 1900. Esse último pombo, um pombo em cativeiro chamado Martha em homenagem à primeira-dama dos Estados Unidos da época, morreu no zoológico de Cincinnati, Ohio, em 1914.

Foto: Reprodução

Auroque

Você pode ter ouvido falar de auroques por causa do seriado “Game of Thrones”, mas essa criatura não pertence à mesma categoria que os dragões. Trata-se, na verdade, de uma espécie de gado que foi domesticada há 10 mil anos. Eles eram grandes e mais magros do que as vacas modernas. 

Depois de sofrer com doenças e perda de habitat, a espécie diminuiu até que os últimos auroques morreram em uma floresta polonesa no século 17. Mas houve esforços para reviver a espécie ― ou pelo menos produzir um novo animal que se aproxime. A carne de uma vaca parecida com auroque criada na era moderna é suculenta e macia, com um sabor "selvagem".

Moedas romanas com referência à Silphium
Moedas romanas com referência à Silphium
Foto: Reprodução

Silphium

Os antigos gregos e romanos tinham muitos usos para essa erva com sabor de alho-poró. Seus caules eram cozidos e comidos como um vegetal, enquanto sua seiva era seca e ralada sobre vários pratos como tempero. Ela também tinha usos medicinais: aparentemente, era uma forma eficaz de controle de natalidade, e suas sementes em forma de coração podem ser a razão pela qual associamos essa forma ao amor hoje. 

O Silphium crescia apenas em uma faixa no atual território da Líbia, e não podia ser cultivado. A procura pela erva preciosa rapidamente ultrapassou seu suprimento natural. Plínio, o Velho, escreveu que apenas uma planta de Silphium foi descoberta durante sua vida, e ela foi presenteada ao imperador romano Nero entre 54 e 68 d.C.

Foto: Reprodução

Dodô

Os primeiros marinheiros holandeses visitaram a cadeia de ilhas Maurício em 1598 e menos de dois séculos depois, o dodô nativo do arquipélago foi extinto. Os marinheiros dependiam das aves como sustento durante longas viagens no mar ― mas essa não é a razão principal pela qual elas desapareceram. O habitat e a introdução de espécies invasoras, como ratos e porcos, acabaram por dizimá-las. 

Embora os seres humanos tenham comido carne de dodô, foi mais por sobrevivência do que por sabor. A última pessoa a avistar um dodô, um marinheiro inglês chamado Benjamin Harry, chamou sua carne de "muito dura". A palavra holandesa para dodô era “walghvodel” ("ave nojenta").

Foto: Reprodução

Vaca-marinha de Steller

O naturalista alemão Georg Wilhelm Steller identificou a vaca-marinha de Steller ao redor das Ilhas Comandante, no Mar de Bering, em 1741. Crescendo até 9 metros de comprimento, era significativamente maior do que as vacas-marinhas vivas hoje. Além disso, era bastante saborosa. A carne salgada era comparada ao corned beef (carne bovina tratada em salmoura e fervida em vinagre, em fogo lento) e a gordura tinha sabor de óleo de amêndoa. Marinheiros relataram ter bebido a gordura derretida em xícaras. 

As vacas-marinhas de Steller eram uma fonte de couro e óleo para lamparina, bem como carne. O animal foi caçado até a extinção em 1768, menos de 30 anos depois de ter sido descrito pela primeira vez.

Foto: Reprodução

Mamute

A carne de mamute lanoso foi um componente importante na dieta de nossos primeiros ancestrais. Comemos tanto deles que a caça pode ter contribuído para sua extinção por volta de 2.000 a.C. 

Apesar de estarem extintos há milhares de anos, vários cientistas e exploradores modernos afirmaram ter provado carne de mamute. Como os espécimes de mamute são frequentemente encontrados perfeitamente preservados no Ártico gelado, eles poderiam ser tecnicamente descongelados e consumidos. 

Foto: Reprodução

Maçã taliaferro

Thomas Jefferson cultivou maçãs taliaferro em Monticello, Virginia, Estados Unidos. Em uma carta de 1814 para sua neta, Jefferson disse que a pequena fruta produzia "indiscutivelmente o melhor cidra que já conhecemos, e mais parecido com vinho do que qualquer outra bebida que já provei e que não fosse vinho". 

Embora se acredite que a maçã tenha sido perdida com o pomar original da propriedade, alguns horticultores ainda mantêm a esperança de sua sobrevivência. 

Foto: Reprodução

Grande alca

Os seres humanos mataram as grandes alcas em larga escala para fazer duvet (espécie de edredon) com suas penas, levando à extinção da espécie no meio do século 19. Antes disso, porém, elas eram caçadas para consumo. 

Evidências fósseis indicam que os neandertais cozinhavam as aves não voadoras em fogueiras já há 100 mil anos. Os Beothuks, povo que hoje habita a região de Newfoundland, no Canadá, usavam ovos de grande alca para fazer pudim.

Foto: Reprodução

Bisão antigo

Antes do bisão americano ser quase caçado até a extinção no século 19, o Bison Antiquus, ou bisão antigo, desapareceu há 10 mil anos. Foram encontrados ossos que mostram evidências de abate com ferramentas. Isso sugere que os nativos americanos dependiam do bisão antigo para alimentação, assim como fazem com seus parentes modernos.

Foto: Reprodução

Couve-flor cornish antiga

A couve-flor cornish antiga não era famosa por seu sabor, mas tinha uma vantagem sobre outras variedades. O vegetal era resistente a um vírus de planta destrutivo chamado anelado. Na década de 1940, produtores europeus começaram a substituir a couve-flor cornish antiga por uma variedade francesa que era mais resistente ao transporte E ela foi extinta na década de 1950. Como resultado, o anelado tem dizimado as plantações de couve-flor em certas regiões da Grã-Bretanha.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.

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