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1990: Libertação de Nelson Mandela

11 fev 2023 - 06h11
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No dia 11 de fevereiro de 1990, o símbolo da luta da população negra contra o racismo na África do Sul era libertado, após passar 27 anos na prisão por seu engajamento contra o apartheid.Todos reconheceram que a África do Sul estava diante de uma virada histórica quando o então chefe de governo, Frederik Willem de Klerk, anunciou, em 1990, a libertação de Nelson Mandela. Símbolo da luta da população negra contra o racismo, ele se tornara, ao longo dos 27 anos que passou na cadeia, o prisioneiro mais famoso do mundo e foi libertado em 11 de fevereiro daquele ano.

Nelson Mandela em foto de 2005
Nelson Mandela em foto de 2005
Foto: DW / Deutsche Welle

Nelson Rolihlahla Dalibhunga Mandela nasceu em 18 de julho de 1918. Seu pai era chefe da tribo Thembu, do povo xhosa. Nelson Mandela começou a estudar Direito na universidade para negros de Fort Hare, mas foi expulso por liderar uma greve estudantil. Em Joanesburgo, estagiou num escritório de advocacia e fez um curso de Direito por correspondência. Em 1942, graduou-se pela Universidade de Pretória.

Mandela ingressa no ANC

Já nos tempos de estudante, Mandela era engajado politicamente e ingressou cedo no Congresso Nacional Africano (ANC). A associação se empenhava em reivindicar direitos e melhorar a qualidade de vida da maioria negra oprimida pelos brancos na África do Sul - a princípio, através de contatos com lideranças políticas e cartas com pedidos de apoio; mais tarde, organizando greves e manifestações.

Em 1952, Mandela abriu o primeiro escritório de advocacia para negros de Joanesburgo, uma ousadia tremenda, num país em que o regime diminuía a cada dia os direitos da população de cor. A situação política interna escalou de tal maneira que, em 1960, a polícia abriu fogo contra os que participavam de uma grande manifestação em Shaperville. Saldo da violência: 69 mortos e centenas de feridos. O governo decretou estado de exceção e mandou prender vários militantes, entre os quais Nelson Mandela.

De prisão em prisão

O ANC e outros partidos e associações que criticavam o regime foram proibidos. Em dezembro de 1961, Mandela ajudou a criar a ala militante Lança da Nação, tornando-se o primeiro comandante da organização clandestina especializada em sabotagens. Em 1962, saiu escondido do país para pedir apoio, principalmente financeiro, à sua causa.

Ao retornar à África do Sul, ainda no mesmo ano, foi preso e condenado a cinco anos de prisão por participar da organização de protestos. Em outubro de 1963, Mandela e outros sete réus foram condenados à prisão perpétua, acusados de terem organizado 150 atos de sabotagem. Até 1981, ele esteve na temida prisão de Robben Island, perto da Cidade do Cabo. Mais tarde foi transferido para o presídio de alta segurança de Pollsmoor.

Depois de se tratar de uma tuberculose durante algumas semanas numa clínica, Mandela passou a viver numa casa, no pátio de outra prisão perto da Cidade do Cabo. Nos 27 anos em que ficou preso, a resistência dos negros sul-africanos contra o apartheid foi se tornando cada vez mais violenta. A comunidade internacional também aumentou a pressão contra o governo sul-africano através de sanções e boicotes.

Início das reformas na África do Sul

Ao assumir o governo em 1989, Frederik de Klerk reconheceu que reformas eram inevitáveis, para que o país não submergisse na guerra civil e no caos. Em fevereiro de 1990, cancelou a interdição do ANC, revogou algumas leis racistas e libertou Nelson Mandela. Os anos seguintes ainda foram bastante confusos, com a minoria branca tentando manter a supremacia, semeando a discórdia entre os grupos negros.

Até que, nas primeiras eleições democráticas em 1994, o ANC recebeu 60% dos votos e Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Em 1993, ele e Frederik de Klerk receberam o Prêmio Nobel da Paz "por seu engajamento em prol da conciliação e por sua coragem e integridade". Mandela morreu aos 95 anos em 5 de dezembro de 2013.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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