O Exército israelense deteve hoje três membros destacados da Jihad Islâmica, ao sul da cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, subindo para sete o número de palestinos detidos nessa madrugada. Trata-se de Maydi Akuba, Muhamad Yebara e Ahmad Sheik Ibrahim, que viajavam em um veículo interceptado pelo Exército israelense em um posto de controle ao sul da cidade de Jenin. Outros quatro palestinos foram detidos essa madrugada na Cisjordânia, entre eles uma mulher em Ramalá e um homem ao sul da cidade de Jenin, ambos do braço armado do movimento nacionalista da Fatá, e outros dois em Tulkarem e Hebron do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Conforme a Autoridade Nacional Palestina (ANP), desde a Cúpula de Ácaba, em 4 de junho, Israel deteve em suas operações diárias mais palestinos que os 334 que libertou ontem. O ministro palestino de Assuntos de Segurança, Muhamad Dahlan, disse que de todas formas as sentenças de um elevado número dos que foram libertados terminavam em um ou dois meses e portanto sua libertação "não tem significado e não pode ser interpretada como parte da aplicação do Mapa de Caminho", segundo um comunicado emitido por seu ministério. "A libertação de ontem demonstra falta de sinceridade por parte de Israel em avançar com o processo de paz", disse Dahlan. "A maneira e a cifra com as quais os israelenses liberaram os prisioneiros desmascara as falsas afirmações pronunciadas por Israel e demonstra que o Governo não está interessado na paz e sim na procura da oportunidade de provocar uma luta entre os palestinos que só beneficia Sharon e seu plano de manter o poder", disse Dahlan. Apesar de o texto do Mapa de Rota não mencionar a libertação de prisioneiros palestinos, essa medida se tornou uma das principais exigências palestinas para o avanço das negociações entre ambas as partes. Mais ou menos 6 mil prisioneiros palestinos permanecem em prisões israelenses, entre eles centenas que cumprem longas condenações desde antes da atual Intifada. |