A morte de uma mulher, primeira vítima na Itália da variante humana do mal da vaca louca, relançou o alarme sobre o consumo de carne bovina, enquanto as autoridades sanitárias garantem que a situação está sob controle. Maria Letizia, uma jovem de 26 anos que morava em Menfi (ilha da Sicília) e cuja identidade completa não foi divulgada, morreu ontem por causa da doença de Creutzfeldt-Jackob no hospital neurológico Besta de Milão (norte). O ministro da Saúde, Girolamo Sirchia, que disse estar "profundamente comovido" com a notícia, insistiu hoje, quinta-feira, que este é "um caso excepcional" e o único detectado até agora no país. O titular da Saúde afirmou que a carne consumida pela jovem era provavelmente de importação e lembrou das garantias que os produtores italianos oferecem. "Os controles continuam sem descanso e a diminuição de animais que apresentam resultado positivo no teste de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é um sinal claro de que a carne é segura", frisou. Desde que foi imposta a obrigatoriedade do controle do gado bovino de mais de 30 meses, que entrou em vigor em janeiro de 2001, foram detectados na Itália 104 casos de animais doentes depois de cerca de um milhão de testes. Em 2003, apenas 19 animais tiveram resultado positivo nos controles da EEB - o último caso foi esta semana em uma vaca de sete anos de uma criação em Vicenza -, o que segundo as autoridades demonstra um retrocesso na epidemia, como ocorre nos outros países afetados. |