A WorldCom obteve ontem a aprovação de um juiz de falências dos Estados Unidos para fechar acordo de encerramento do maior caso de fraude financeira da história dos EUA com o pagamento de US$ 750 milhões em dinheiro e em ações. O juiz Arthur Gonzalez, do Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, deu sinal verde para o acordo entre a WorldCom e a Securities and Exchange Commission (SEC), o xerife do mercado de capitais, para encerrar as acusações. A medida derruba uma das maiores barreiras para que a WorldCom, que no Brasil controla a Embratel, saia da concordata. A decisão da Justiça coincide com um momento em que a WorldCom enfrenta acusações de que teria mudado a rota de ligações para evitar o pagamento de pesadas taxas de interconexão. As denúncias estão sob investigação dos procuradores federais e de órgãos reguladores. A WorldCom, segunda maior companhia de telefonia em longa distância dos EUA e uma das maiores usuárias de tráfego de Internet, admitiu em junho de 2002 que alterou a contabilidade de bilhões de dólares em despesas. O erro fez com que a empresa assinasse a maior concordata da história norte-americana. O acordo com a SEC demanda que a WorldCom pague US$ 2,25 bilhões, mas foi reduzido devido ao processo de concordata. Os US$ 750 milhões - US$ 500 milhões em dinheiro e US$ 250 milhões em novas ações - serão destinados a detentores de bônus e acionistas que perderam recursos com a fraude. A companhia espera esquecer o escândalo contábil de US$ 11 bilhões e sair da concordata até meados de setembro. Restabelecida, a WorldCom planeja mudar seu nome para MCI. |