Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

2023: O ano dos recordes

O aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa está alterando rapidamente o clima da Terra

17 ago 2023 - 15h09
Compartilhar
Exibir comentários

O aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa está alterando rapidamente o clima da Terra. Com isso, os tomadores de decisão em setores sensíveis ao clima, como gerenciamento de água, agricultura, saúde e energia, precisam se basear em informações constantemente atualizadas. Computadores poderosos e os sistemas de gerenciamento de dados climáticos facilitam essa atualização frequente. De acordo com os cientistas climáticos, "acabamos de testemunhar as temperaturas globais do ar e da superfície do oceano estabelecendo novos recordes de todos os tempos". Esses recordes geram graves consequências para a sociedade e para o planeta como um todo, que é exposto a eventos extremos cada vez mais intensos.

Os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados e isso se deve a um claro aquecimento década a década. 2023 foi o terceiro ano mais quente até agora; 0,43 °C acima da média recente. Condições mais secas foram observadas em toda bacia do Mediterrâneo, com a Itália e o sudeste da Europa apresentando as maiores anomalias. Regiões extratropicais mais secas do que a média incluíram partes do sul do Brasil e do Paraguai, centro e sudeste da Ásia, México, sudoeste da Austrália e dos Estados Unidos.

A Terra acabou de ter seu mês de Julho mais quente já registrado, cerca de 1,5 °C a mais que a média pré-industrial de 1850-1900 e 0,72 °C que a média de 1991-2020. América do Sul, África e Ásia foram os continentes que atingiram os maiores recordes. A temperatura média global foi de 16,95 °C no mês passado, superando em 0,33 °C o recorde anterior estabelecido no ano de 2019. Julho também foi marcado por estabelecer um recorde para a menor cobertura global de gelo marinho, tanto no Ártico quanto no Antártico, que registraram baixos níveis desde que os satélites começaram as observações em 1979.

As temperaturas médias globais da superfície do mar continuaram a subir, após um longo período de temperaturas excepcionalmente altas desde Abril de 2023, atingindo níveis recordes também em Julho, ficando 0,51 °C acima da média de 1991-2020. O calor recorde do oceano está sendo relatado no início de um evento de El Niño, que deve elevar ainda mais essas temperaturas e provocar impactos que provavelmente ainda serão sentidos em 2024.

Os diferentes relatórios de monitoramento climático confirmam o ritmo exacerbado das mudanças climáticas como resultado dos gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera. Com base nas informações da Organização Meteorológica Mundial, "acabou a era do aquecimento global" e "chegou a era da ebulição global", mostrando certa urgência nos esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, que são o principal fator por trás desses recordes.

Foto: Climatempo

 Para mais informações, siga o Instagram da C3

Climatempo
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade