5 jogos educativos para combater o bullying em sua escola
A Estante Mágica separou para vocês cinco exemplos de atividades lúdicas que visam a conscientização sobre o bullying na escola
Falar sobre bullying nas escolas é um grande desafio. Primeiro, por se tratar de um assunto delicado. Segundo, por estimular uma reflexão tão incômoda a ponto de o agressor não reconhecer nele mesmo o papel de agressor. E, terceiro, por pensar de forma crítica uma ação que, muitas vezes, é enquadrada na categoria "brincadeira". No caso das crianças, principalmente, esse tipo de debate se torna ainda mais complicado.
Foi então que surgiram os games de combate o bullying nas salas de aula - ferramentas lúdicas que propõe trabalhar um tema sério de forma leve e, ao mesmo tempo, didática.
A Estante Mágica, startup de maior relevância na área da Educação no ano de 2016, separou para vocês cinco exemplos de atividades que visam a conscientização sobre o problema:
1 - Vigilantes do Bullying - Lançado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, o jogo de tabuleiro estimula ações anti-bullying. O jogador, ao lançar os dados, recebe mensagens de conscientização antes de avançar um determinado número de casas (por exemplo: "Nunca escreva palavrões, xingue ou maltrate alguém pela internet ou por torpedos. Denuncie o bullying digital"). Conforme vai avançando, o participante recebe elogios por suas ações. O bullying é visto, no jogo, como uma espécie de inimigo a ser derrotado. O vencedor do jogo, através das ações indicadas ao andar pelo tabuleiro, é o herói da história.
2 - Bullying: um dia na escola - Desenvolvido pelo CADIn (Neurodesenvolvimento e inclusão) e a editora Ideias com História, o jogo de tabuleiro propõe uma investigação sobre quem agrediu Maria Inês, vítima de bullying. As informações sobre o caso vão sendo obtidas conforme o jogador vai sabendo responder questões que envolvem cinco competências: assertividade, controle de impulsos, promoção da empatia, identificação do bullying e resolução de problemas. O objetivo é fazer com que os jogadores aprendam o que constitui uma prática de bullying e como devem reagir diante de tal prática.
3 - Dados dos sentimentos - O projeto português "Intervenção Bullying" propõe esse jogo pedagógico voltado para a análise de emoções. A dinâmica consiste em reunir as crianças em círculos para falar sobre sentimentos. Com a mediação da professora, cada um joga o dado dos sentimentos, cujas partes representam uma expressão (triste, zangado, contente e envergonhado). Cada criança, então, precisa falar sobre uma situação em que esteve com aquele determinado estado de espírito. Por meio das respectivas histórias, os pequenos vão adquirindo consciência sobre atitudes que podem gerar aquelas reações - e, dessa forma, são educados a não agir de determinada forma para não magoar o próximo.
4 - A Brincar e a Rir o Bullying Vamos Prevenir - Desenvolvido pela técnica de Educação Social Cátia Vaz, o jogo pedagógico é composto por um jogo de tabuleiro e um jogo digital. O objetivo é que as crianças cheguem ao parque de prevenção do bullying escolar por meio de um trajeto que conscientiza sobre a formas de combater o problema. As questões do jogo foram todas pensadas a partir do vocabulário infantil e todos os personagens ali representados foram feitos manualmente por crianças.
5 - Lição sobre bullying usando duas maçãs - Uma forma bastante criativa e simples de sensibilizar as crianças sobre os malefícios causados pelo bullying foi pensado pela professora britânica Rosie Dutton. Ela pegou duas maçãs que eram aparentemente iguais e, antes de entrar em sala, bateu uma delas delicadamente no chão. As crianças não viram. Ao entrar, mostrou as duas frutas e os alunos apresentaram semelhanças entre elas. Então, Rosie pegou a maçã que bateu levemente no chão e começou a falar que não gostava dela, incentivando as crianças a repetirem as críticas - ainda que não vissem praticamente nenhuma diferença entre as duas frutas. Em seguida, pegou a outra maçã e começou a falar bem dela, incentivando as crianças a fazerem o mesmo. No final, pegou novamente as duas maçãs e perguntou sobre as semelhanças entre elas - os alunos continuavam achando as mesmas. Rosie, então, cortou as duas ao meio. A primeira maçã, xingada e maltratada, estava machucada e molenga por dentro. A elogiada, clarinha e fresca. Desta forma, os alunos entenderam a mensagem: "Acho que as crianças tiveram uma espécie de iluminação naquele momento. Elas realmente entenderam: o que vimos no interior das maçãs, os machucados, os pedacinhos partidos, era como cada um de nós se sente quando alguém nos maltrata com suas ações ou palavras", disse Rosie. Que tal experimentar essa metáfora criativa em sala de aula?
Sobre a Estante Mágica
A Estante Mágica é uma plataforma de projetos pedagógicos para a escola que tem por objetivo transformar os alunos em autores de seus próprios livros e, ao longo de seus 5 anos de existência, ajudou a transformar mais de 100 mil crianças em apaixonados por livros por todo o Brasil.
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