A história familiar de Javier Milei: "Aquelas surras que recebi me fizeram não ter medo de nada"
O candidato à presidência da Argentina falou sobre sua infância complicada e o motivo pelo qual não mantém contato com seus pais
A vida pessoal do candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, permanece um mistério. Ainda assim, não foram raras as vezes em que o político do partido A Liberdade Avança falou sobre sua infância complicada e o motivo pelo qual não mantém contato com seus pais.
Há quatro anos, em uma entrevista, Milei comentou a respeito de Norberto Horacio Milei e Alicia Lujan Lucich, a quem ele se refere como "genitores" e não como pais - por não partilhar dos mesmos valores e princípios que eles. Na ocasião, ficou claro que o único membro da família com quem ele realmente se importa e tem proximidade é sua irmã, Karina Milei.
Norberto é empresário do ramo de transporte de passageiros, e Alicia se dedica ao lar, conforme informações do portal Exitoína. Na mesma entrevista, Milei relatou: "Eu e meus pais não nos falamos há quase dez anos. Você não toma uma decisão como essa sem motivo. Acredito que você deve se conectar com pessoas que te permitem manter laços saudáveis. O vínculo de sangue é um acidente da vida. Por isso, nesse sentido, para mim não é tão dramático. Você se livra de pessoas tóxicas".
O economista falou abertamente sobre as situações que o distanciaram de Norberto e Alicia. "Comigo, aconteceu de meus pais serem muito tóxicos. Mas acho que todos os abusos que tive que vivenciar, físicos e psicológicos, afetaram minha personalidade", afirmou. E acrescentou: "Você pode achar que eu falo coisas bem pesadas... Mas, por outro lado, quando eu falo as coisas que penso, também tem gente que me fala coisas pesadas, e isso não me causa medo. Com certeza isso se deve às surras que recebi", ponderou.
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Já em outra entrevista, o político deu detalhes da violência que sofreu quando criança, por parte de seu pai. "Quando eu era um menino, houve abuso físico, e estamos falando de uma pessoa de um metro e 90 de altura. Não foram espancamentos normais. Desde quando comecei a estudar, ele sempre desprezou muito a minha carreira, sempre me dizia que eu era um lixo, que ia passar fome e que ia ser inútil a vida toda", lembrou.
"Todas aquelas surras que recebi quando era criança fizeram com que hoje eu não tenha medo de nada", disse Milei. "Quando acontece uma situação de alto nível de estresse, em que todos ficam assustados e ninguém sabe o que fazer, eu resolvo como se não fosse nada", afirmou.