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"Abjeto e misógino", "mentirosa": Eliziane Gama e Feliciano discutem durante sessão da CPMI

A interação entre os parlamentares ocorreu como consequência de uma discussão anterior, durante reunião fechada na terça-feira (22)

24 ago 2023 - 18h48
(atualizado às 19h15)
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Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta quinta-feira (24), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) protagonizaram uma discussão com troca de ofensas.

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Foto: Lula Marques/Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil

O deputado mencionou uma interação que teve com a relatora dois dias antes, em reunião fechada entre os membros da CPMI. Na ocasião, ele teria elevado o tom de voz ao se referir à parlamentar. Ao lembrar o ocorrido, ele aproveitou o tempo de fala para se justificar. "Eu não a agredi. Não fui o primeiro a partir para cima de vossa excelência", afirmou.

Em resposta, a senadora deu a sua versão da interação. "Quando terminou o seu grito ali comigo, e eu depois gritei também com o senhor, rebatendo o seu grito inicial, o senhor me pediu perdão, pastor. O senhor chegou pra mim e o senhor me disse: 'Eliziane, me perdoe'. E eu lhe respondi: 'Eu lhe perdoo em nome de Jesus'. E eu saí dali, deputado, na frente daquela reunião tinha um batalhão de jornalistas", revelou.

A relatora da CPMI continuou, acrescentando que o deputado lhe dirigia um olhar "carregado de ódio". "O senhor se tornou uma pessoa abjeta, misógina. O tratamento que o senhor dá às mulheres nessa Casa é surreal. O senhor não merece ser chamado de pastor, porque pastor não é carregado de ódio", disse Eliziane Gama.

Feliciano recebeu dois minutos como tempo de resposta à senadora. Nesse momento, retrucou: "Um homem que ataca uma mulher é misógino. E uma mulher que ataca um homem é o que? Como é que a gente fala? Tem alguma lei? Tem alguma lei ou não tem? Alguém me socorre!".

O deputado também devolveu ofensas à relatora. "Ela [Eliziane] é um mentirosa contumaz. Mentirosa contumaz! E é claro que a esquerda vai falar a mesma coisa, vai tentar aplaudi-la, por que faz parte. O convívio diz isso. Eu tenho o meu pessoal aqui que estava lá e é testemunha", alegou.

Após o momento de conflito, o presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União-BA), disse que lamentava profundamente o ocorrido entre os parlamentares. "Tenho certeza de que ambos, tanto o senhor quanto ela, estão muito acima disso", afirmou.

Perfil Brasil
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