Absurdo! Mulher tortura e filma morte de onça-parda com ajuda de duas pessoas
Morte de onça-parda deixa todos comovidos e revoltados nas redes sociais; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente inicia investigação após caso viralizar
Um vídeo perturbador que retrata uma mulher torturando e assassinando uma onça-parda foi amplamente compartilhado nas redes sociais, gerando indignação entre os internautas. A cena, que envolve a presença de um homem e outra pessoa filmando a ação, levanta sérias questões sobre a proteção da fauna brasileira.
O conteúdo do vídeo chegou ao conhecimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que iniciou uma investigação para identificar não apenas a mulher envolvida, mas também os outros dois indivíduos presentes durante o ato cruel. O Instituto está realizando análises detalhadas para determinar a localização e o contexto em que o incidente ocorreu.
Onça-parda está quase em extinção
A onça-parda, uma espécie considerada vulnerável e classificada como "quase ameaçada" no Brasil, enfrenta riscos crescentes de extinção. De acordo com dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as populações dessa espécie estão em declínio, o que torna ações como essa ainda mais alarmantes.
Ibama investiga caso
As investigações iniciais do Ibama sugerem que o incidente se deu em uma área de Caatinga, com base nas características da vegetação exibidas no vídeo. As consequências legais para os envolvidos podem ser severas; de acordo com o Ibama, as pessoas responsáveis pela tortura e morte do animal podem enfrentar acusações de maus-tratos, que incluem penalidades de três meses a cinco anos de prisão.
Além disso, a pena por homicídio da onça-parda pode variar de seis meses a um ano. Multas financeiras também são previstas, variando entre R$ 500 a R$ 3.000 por maus-tratos e R$ 5.000 pela morte do animal. Especialistas apontam que a legislação atual para punir crimes contra animais silvestres é insuficiente, o que contribui para que tais práticas continuem.
Segundo um agente de fiscalização do Ibama, a disparidade nas penas é notável: enquanto maus-tratos a animais domésticos podem resultar em penas de dois a cinco anos de reclusão, os mesmos crimes contra espécies silvestres são punidos com penas significativamente menores. "Onças são frequentemente mortas no Brasil por motivos variados, incluindo esporte, retaliação por predar criações e até mesmo por medo", comenta o agente do Ibama.
Projeto de lei para aumentar pena para caça e morte de felinos
Em resposta à crescente preocupação sobre a proteção dos felinos brasileiros, em 2022, o deputado federal Ricardo Izar (Republicanos-SP) apresentou um projeto de lei visando aumentar as penas para a caça e morte dessas espécies para um intervalo entre três a cinco anos de reclusão. Contudo, até o momento, o projeto permanece parado no legislativo.
No texto justificativo do projeto, Izar menciona que as baixas penas atualmente previstas não são suficientes para desencorajar criminosos que cometem massacres contra esses animais ameaçados.