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Advogado é destituído, júri dissolvido e depoimentos anulados a pedido de Cupertino

Acusado alegou falta de confiança em seu defensor; Tribunal de Justiça de São Paulo informou tudo terá de ser feito novamente, porque será composto um novo Conselho de Sentença

11 out 2024 - 10h02
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Paulo Cupertino, acusado de assassinar o ex-ator Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio e Miriam Selma, solicitou a destituição de seu advogado, Alexander Neves Lopes, durante o julgamento no Fórum da Barra Funda, em São Paulo. A decisão levou à anulação do júri na noite de quinta-feira (10), e o processo terá de ser reiniciado.

À esquerda, Paulo Cupertino. À direita, Rafael Miguel e família
À esquerda, Paulo Cupertino. À direita, Rafael Miguel e família
Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Paulo e Reprodução/Redes Sociais / Perfil Brasil

Cupertino alegou falta de confiança em seu defensor durante os depoimentos. Com isso, será necessária a nomeação de um novo advogado para representá-lo. O Conselho de Sentença, responsável por decidir o destino do réu, foi dissolvido e os depoimentos, invalidados.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o processo precisará recomeçar do zero. Um novo Conselho de Sentença será formado para dar prosseguimento ao caso.

Manobras da defesa

Ricardo Marinho, advogado de Isabela Tibcherani Matias (filha de Cupertino) e Vanessa Tibcherani (ex-esposa), criticou a situação: "Eu avisei que a defesa iria agir de maneira ardilosa para conseguir impedir este julgamento, foi justamente o que aconteceu hoje, nos 45 do segundo tempo, tira-se o advogado de defesa". Ele prevê que a substituição de advogados pode atrasar o julgamento por meses, considerando que Cupertino pode usar o prazo para evitar o andamento do processo, trocando advogados mais de uma vez.

Com a destituição, os depoimentos que já haviam sido prestados também foram anulados. Entre eles, estava o testemunho de Vanessa Tibcherani, que confirmou a relação abusiva que Cupertino mantinha com a filha, Isabela Tibcherani Matias.

Vanessa relatou ao júri que Cupertino controlava a vida da filha, o que reforça a tese da promotoria de que o crime foi premeditado e motivado pela insatisfação de Cupertino com o namoro entre Isabela e Rafael Miguel.

Durante seu depoimento, Vanessa revelou que Cupertino chegou a confiscar o celular da filha quando soube do relacionamento. Ela também contou que sofreu diversas agressões ao longo dos anos de convivência com ele, evitando até mesmo citar o nome do acusado.

A filha do réu, Isabela, revelou que foi mantida em cárcere privado por oito meses após seu pai descobrir o namoro com Rafael Miguel. Segundo ela, Cupertino a isolou completamente, sem acesso a celular ou contato com outras pessoas. "Fiquei presa por oito meses, sem convívio com ninguém, apenas recebendo mensagens de uma amiga", declarou Isabela, detalhando que o confinamento ocorreu em um quarto da casa, onde havia uma pequena janela que dava para o comércio do pai.

Ela também relatou episódios de violência: "Minha mãe sempre ficava com o rosto inchado, nariz quebrado, marcas de facão nas costas e hematomas pelo corpo".

O suposto crime de Cupertino

O triplo homicídio ocorreu em 9 de junho de 2019. Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo, na ocasião, Paulo Cupertino teria assassinado Rafael Miguel e seus pais em frente à sua residência, disparando ao menos treze tiros, segundo a perícia. Ele fugiu da justiça por três anos, até ser capturado em maio de 2022, na zona sul de São Paulo, após se esconder em mais de 100 endereços, incluindo locais no Brasil, Paraguai e Argentina.

A promotoria argumenta que Cupertino cometeu o crime por não aceitar o relacionamento de sua filha, Isabela, com o ex-ator da novela "Chiquititas".

Perfil Brasil
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