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Alckmin admite conversa com Temer e aproximação com MDB

8 mai 2018 - 16h41
(atualizado às 17h19)
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O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, abriu um canal de conversas com o MDB, após um contato que teve na semana passada com o presidente Michel Temer, mas por enquanto, segundo o tucano, não há nenhum acordo entre as legendas.

O telefonema de Temer para Alckmin aconteceu na semana passada em um momento que o MDB encontra dificuldades mostradas pelas pesquisas de intenção de voto em fazer decolar as suas duas possibilidades de candidatura ao Planalto: a do próprio Temer e a do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, durante evento com prefeitos em Niterói
08/05/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, durante evento com prefeitos em Niterói 08/05/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

"Nós tivemos uma conversa telefônica, mas não marcamos ainda nenhum encontro e acho importante dialogar", disse Alckmin a jornalistas na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

O tucano, ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, afirmou que, como dirigente de uma das maiores legendas do país, não pode deixar de conversar com outros partidos. O MDB é o partido de maior capilaridade nacional com forte presença em Estados e municípios.

"Um acordo não está sendo discutido agora, porque o MDB tem um candidato próprio, doutor Henrique Meirelles, uma pessoa de valor", disse Alckmin. "Diálogo é sempre importante... eu converso com todo mundo, da situação, da oposição."

Alckmin disse que ainda está digerindo o anúncio feito pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, de que não pretende se lançar candidato à Presidência pelo PSB. Mais cedo, em sua conta no Twitter, Alckmin disse lamentar a decisão de Barbosa, por entender que a entrada de "boas pessoas" na política deve ser incentivada.

"Tenho grande respeito pelo Joaquim Barbosa, uma pessoa de valor, espírito público e há de se respeitar a decisão", disse o tucano, que voltou a avaliar que haverá uma redução no número de postulantes ao Palácio do Planalto.

"É natural que o quadro que estava fragmentado, à medida que as convenções se aproximem, essa fragmentação diminua", avaliou.

Alckmin tem no atual governador de São Paulo, Márcio França, um aliado dentro do PSB. França foi eleito vice-governador na chapa do presidenciável tucano e assumiu o governo com a renúncia de Alckmin para disputar a Presidência.

"Se dependesse de mim, nós já estávamos juntos do PSB, mas temos que respeitar o outro partido que tem uma lógica própria", declarou Alckmin.

Independentemente de alianças, o tucano mostrou confiança de que estará presente no segundo turno da disputa presidencial.

"Tenho todas as condições (de chegar ao segundo turno)... não sou melhor que ninguém, mas a população está cansada dessa brigalhada política e quer um governo que funcione, preste serviços e o país cresça", finalizou.

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