Alexandre de Moraes não pediu retirada de vídeo em que Bolsonaro aparece emocionado
Não é verdade que Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pediu a exclusão de um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece emocionado, conforme é dito em postagens nas redes sociais (veja aqui). A gravação, feita durante um culto no Palácio do Planalto em dezembro de 2019, continua nos canais oficiais do candidato à reeleição. A assessoria de imprensa do TSE negou a veracidade da alegação.
A postagem enganosa conta com centenas de interações no TikTok neste sábado (1º) e também circula no WhatsApp, no qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Vamos sentar o dedo. O vídeo retirado é esse aqui. Esse foi o vídeo que o Alexandre Moraes mandou apagar da página do Bolsonaro. Vamos todos postar nas redes sociais. Quero ver ele mandar apagra de milhares de pessoas.
Postagens nas redes sociais enganam ao afirmar que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, pediu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) retirasse das redes sociais um vídeo em que faz um discurso emocionado. A assessoria de imprensa do TSE informou que não houve nenhuma requisição nesse sentido. Além disso, o conteúdo permanece nos perfis oficiais do candidato à reeleição.
A gravação, de 17 de dezembro de 2019, foi feita durante um culto evangélico de Ação de Graças no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Na ocasião, Bolsonaro comentou sobre o ataque com faca que sofreu em 2018 durante a campanha eleitoral. "No momento mais difícil da minha vida, eu só pedia que Deus não deixasse órfã a minha filha de sete anos. O resto, com amigos, brasileiros de verdade, e com Deus no coração, nós superaremos os obstáculos", disse.
O vídeo está disponível no canal de YouTube do presidente desde 18 de dezembro daquele ano. No Facebook, a gravação segue no ar em postagem de 2019, além de uma versão de 2 minutos e 42 segundos postada em março deste ano. Inclusive, é a versão reduzida que tem sido usada pelas publicações enganosas.
O TSE decidiu pela retirada de outros vídeos, considerados meios abusivos para obtenção de votos. No dia 30 de agosto, a corte manteve a decisão do ministro Mauro Campbell sobre a exclusão dos vídeos da reunião que fez com embaixadores em 18 de julho. Em 23 de setembro, o ministro Benedito Gonçalves determinou que o presidente retirasse de suas redes gravações de seu discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). A campanha já estava proibida de usar o conteúdo em propagandas eleitorais.
Referências:
3. Facebook Bolsonaro (Fontes 1 e 2)
4. G1
Neste fim de semana, o Aos Fatos se uniu às iniciativas de checagem AFP Checamos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Fato ou Fake e Lupa para verificar em conjunto a desinformação sobre as eleições.