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Aliado de Bolsonaro critica silêncio do presidente e o acusa de 'covardia'

Vice-líder do governo na Câmara, deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) pede que bolsonaristas saiam das portas dos quartéis

19 dez 2022 - 08h23
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Deputado Otoni de Paula
Deputado Otoni de Paula
Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação

O vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) criticou o silêncio do presidente Bolsonaro (PL) após a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PL) e classificou a atitude do aliado como 'covardia'.

"O silêncio do presidente, pior do que o silêncio do presidente, as frases enigmáticas, as fotos enigmáticas, isso está fazendo tão mal ao povo. Isso chega a beirar, e eu sei que a palavra que eu vou usar é muito forte, mas isso chega a beirar uma covardia, uma manipulação do povo", disse o deputado em entrevista ao canal bolsonarista Jornal da Cidade Online.

O parlamentar definiu o momento atual do Brasil como "catastrófico". "Você tem pessoas que estão se divorciando, você tem pessoas estão em crise no casamento porque resolveram acampar mais de 40 dias na porta de quarteis. Você tem brasileiros que perderam empregos. Você tem brasileiros que estão em situação lamentável, movidos pelo amor à pátria, movidos pela confiança do presidente da República", apontou Otoni.

Segundo ele, Bolsonaro não tem o direito de manter o silêncio ou de liberar frases enigmáticas. "O presidente precisa falar claramente ao seu povo. E se ele não fizer, ele sairá pequeno. Ele sofrerá a maior derrota de todas, que não foi nas urnas. Porque nas urnas ele ainda saiu grande demais e com capital político gigante. Mas se ele não parar de blefar, aí sim, a sua derrota será avassaladora."

Otoni de Paula também fez um apelo para que os bolsonaristas saiam das portas dos quartéis. "Vocês não serão presos e não haverá ninguém que os defenda", disse ele, que afirma aguardar mais ordens de prisões do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),   Alexandre de Moraes, após o recesso parlamentar.  “Quem ele quiser prender”, responde ele ao ser questionado sobre quem magistrado prenderia.

Fonte: Redação Terra
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