Allana Brittes, filha do assassino de Daniel Corrêa, fala pela primeira vez sobre o crime e diz que casou com testemunha
Em 2018, o atleta tinha 24 anos e estava jogando no clube São Bento, emprestado pelo São Paulo
Seis após o crime, a filha do assassino do jogador Daniel Corrêa relembrou a discussão que resultou na morte brutal do atleta. Ao Domingo Espetacular, da TV Record, Allana Brittes alega que a vítima apresentou comportamentos abusivos durante toda a noite do seu aniversário de 18 anos. Hoje aos 24 anos, a jovem se casou com uma das pessoas que testemunharam o crime.
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Tudo aconteceu em 27 de outubro de 2018, na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná. Na época, Daniel Corrêa tinha 24 anos e estava jogando no clube São Bento, emprestado pelo São Paulo.
O atleta foi ao Paraná para participar do aniversário de 18 anos de Allana Brittes, com quem já conversava virtualmente há cerca de um ano. "Conheci o Daniel pelo Instagram em 2017. Era uma 'amizade de festa', afinal, eu tinha apenas 17 anos e estava na fase de confraternizar", explicou.
Festa de 18 anos e 'after' não programado
Em entrevista, ela conta que o grupo resolveu aproveitar a 'virada' do aniversário em uma boate de Curitiba. Daniel Corrêa era um desses convidados. O jogador do São Bento marcou presença na área VIP da casa noturna e, segundo ela, beijou uma amiga. A jovem foi identificada como Evellyn Brisola Perusso.
Pouco depois, todos foram embora e a família Brittes voltou para a casa, em São José dos Pinhais. Allana garantiu que não tinha a intenção de seguir comemorando durante aquela madrugada.
"Como eu já tinha feito a festa na balada, não programei nenhum tipo de 'after'. Lembro que meu pai fez comida para minha mãe, e aí ficamos um pouco ali fora, conversando, dançando e minha mãe pediu para dormir", relembra.
Foi quando ela recebeu uma mensagem de Evellyn, a amiga que tinha ficado com Daniel na boate. "Ela me mandou uma mensagem falando 'amiga, não fica brava comigo, estou indo para sua casa'. E eu não estava entendendo, porque não tinha convidado ninguém", argumenta.
Na mesma mensagem, a amiga avisou que levaria alguns convidados e o jogador de futebol, mas a contragosto. "Lembro que ela falou 'o jogador está junto, mas não quero ficar com ele. Ele está sendo invasivo, pegando em mim'". Posteriormente, Evellyn Perusso também foi indiciada por fraude processual, mas absolvida.
Morte do jogador
A mãe de Allana, que aparece dormindo em fotos tiradas por Daniel momentos antes do crime, também falou ao Domingo Espetacular. Cristiana Brittes afirmou ter sido abusada pelo atleta. "Eu fui violada. Eu fui invadida. Fui abusada. Ele tirou as calças, subiu em cima de mim, esfregou o órgão genital e tirou fotos", disse, emocionada.
A confusão começou justamente quando Edison Luiz Brittes Júnior, pai de Allana e marido de Cristiana, flagrou Daniel Côrrea no quarto do casal. Ele entrou pela janela e começou a agredir o jogador, com a ajuda de outros convidados.
"Eu lembro de ter visto meu pai de um jeito que nunca tinha visto. Ele estava extremamente transtornado, com olhar de ódio, raiva, parecia que ele não estava acreditando em tudo aquilo. Estava todo mundo em choque", lembrou Allana.
Com a ajuda de amigos, Edison bateu em Daniel, o colocou em um carro e o levou para uma região deserta de Colônia Mergulhão, no Paraná. O rapaz estava com ferimentos de arma branca e teve o órgão genital decepado.
Após confessar o crime, Edison foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão. Já a esposa, Cristiana Brittes, pegou de 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão em regime aberto por fraude processual.
Allana, que convidou o jogador para seu aniversário, também foi condenada em júri popular por fraude processual, coação no curso do processo e corrupção de menores a 6 anos, 5 meses e 6 dias de reclusão e também a 9 meses e 10 dias de detenção, mas conseguiu um habeas corpus dias depois, e responde em liberdade.
Allana se casou com testemunha do crime
Atualmente, a jovem está casada com David Vollero, um amigo da família e testemunha do assassinato de Daniel Corrêa. Segundo Allana, o marido não teria 'ajudado' a matar o jogador, apesar de ter participado da surra dada por Edison.
"O David sempre deixou muito claro para mim, desde o começo, que nem ele e nem os meninos tinham feito nada. Que bateram, sim, mas a partir do momento que entraram no carro, não fizeram mais nada", argumenta.
O rapaz chegou a ser processado, mas foi inocentado. "Ele foi absolvido e eu acredito que a justiça foi feita, porque ele não participou do homicídio e, sim, das agressões. Sei que ele não matou e não tem nenhum tipo de envolvimento na morte de Daniel. Eu e o David, com certeza, somos um propósito de Deus", alegou Allana.
Hoje, Allana faz faculdade de Direito e também atua como influenciadora digital. Em seu perfil no Instagram, ela conta com mais de 70 mil seguidores.