Aluno que esfaqueou professora e feriu cinco em escola de SP é transferido
Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu devido a uma parada cardiorrespiratória, após o ataque à faca em escola da Zona Oeste
O aluno responsável pelo ataque a faca na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, matando uma professora e ferindo outras cinco pessoas, foi transferido do no início da noite desta segunda-feira, 27, para o IML (Instituo Médico Legal) para realização do exame de corpo e delito.
Após o procedimento, ele será levado para a Vara da Infância e Juventude, onde será avaliado por um juiz que determinará se o menor irá cumprir medida socioeducativa em regime de internação. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê pena máxima de até três anos para atos infracionais cometidos por adolescentes.
O adolescente de 13 anos prestou depoimento acompanhado dos pais. Segundo informações do Brasil Urgente, ao todo, 32 pessoas foram ouvidas pela Polícia Civíl. Os pais não conversaram com a imprensa ao deixarem a delegacia.
Histórico agressivo
O autor dos ataques foi transferido de uma escola em Taboão da Serra para a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, onde o crime ocorreu, por um caso de violência. Pais de alunos da outra instituição chegaram a fazer um Boletim de Ocorrência contra o menor, no final de fevereiro, por cauda de constantes ameaças que ele enviava aos colegas de classe. Dias antes do ataque, o adolescente se envolveu em uma briga com outro aluno onde teria proferido xingamentos racistas e ameaçado os alunos.
Ataque à faca
No início da manhã desta segunda-feira, 27, o adolescente de 13 atacou à faca educadores e colegas dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro. O ataque deixou seis vítimas. Dentre eles estão dois alunos e quatro professoras - sendo que uma delas foi Elisabete Tenreiro, de 71 anos, que veio a óbito.
Elisabe ministrava aulas de Ciências na instituição. Ela foi esfaqueada dentro da sala de aula e chegou a ser socorrida, mas teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Segundo relato de um aluno, a professora foi pega de 'surpresa' e não viu quando o agressor se aproximou para golpeá-la.