Americanas registra prejuízo financeiro de R$ 12,9 bilhões em 2022
Esses são os primeiros números financeiros anuais desde que a empresa entregou seu plano de recuperação judicial em março, na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro
A Americanas divulgou nesta quinta-feira (16) o balanço de 2022. O prejuízo financeiro acumulado no último ano foi de R$ 12,9 bilhões, o dobro do registrado em 2021. A companhia justificou que os números negativos são resultados de um fraco desempenho operacional e elevada despesa financeira.
A empresa também terminou o mesmo período com um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões e dívida líquida real de R$ 26,3 bilhões. Além de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 6,2 bilhões, de acordo com as demonstrações financeiras auditadas e enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A receita líquida consolidada atingiu o valor de R$ 25,8 bilhões. No total, o resultado financeiro consolidado em 2022 foi negativo: R$ 5,2 bilhões.
Os números desta manhã são os primeiros a serem divulgados desde que a empresa entregou seu plano de recuperação judicial, em março, à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Em 2021, a empresa havia supostamente registrado seu maior lucro da história, de R$ 731 milhões. Porém, fraudes foram encontradas nos números financeiros anteriores da empresa.
Para o futuro, a Americanas acredita que até dezembro de 2025, o patrimônio líquido da empresa ficará no positivo e a dívida financeira bruta será por volta de R$ 1,5 bilhão.
A empresa também espera que haja um crescimento nas vendas e rentabilidade de clientes pela Ame - empresa de funciona como uma carteira digital para pagamentos na Americanas e outras varejistas.
A companhia ressaltou, por outro lado, que as expectativas dependem de fatores alheios à vontade da Americanas, "tais como condições de mercado, desempenho da economia brasileira, do setor e dos mercados internacionais".
Qual a diferença da Americanas/Magalu para o Governo?
Quando os dados do Governo dão problema, muda-se o modelo de estatística e os dados ficam bons 🪄 pic.twitter.com/rMzF4vcwUI
— Guilherme Rennó (@RennoGuil) November 16, 2023