Amputação, câncer e cadeira de rodas: relembre o histórico de saúde de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recupera bem de uma cirurgia realizada nesta terça-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar um sangramento no crânio. O problema foi causado por uma queda sofrida no Palácio da Alvorada em outubro.
Essa não foi a primeira emergência médica enfrentada por Lula, que acumula um histórico de tratamentos e cirurgias desde antes de assumir a Presidência.
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Como começaram os problemas de saúde?
Em 1964, ainda como operário metalúrgico, Lula perdeu o dedo mínimo da mão esquerda em um acidente de trabalho. Ele fabricava um parafuso para consertar uma prensa quebrada quando o equipamento foi acionado acidentalmente. "Eu fiz o parafuso e, quando fui colocar, o companheiro prensista que estava cochilando distraiu-se, largou o braço da prensa, que fechou, e eu perdi o dedo", contou em uma entrevista concedida ao jornalista Mário Morel em 1979.
Anos depois, em 1988, já como deputado federal, foi submetido a uma cirurgia de emergência para retirar o apêndice após um quadro de apendicite aguda. Desde então, lidou com outros problemas de saúde, incluindo bursites nos ombros e torções que o afastaram de compromissos durante seus primeiros mandatos como presidente.
Outros incidentes marcaram sua trajetória, como o problema no tornozelo que exigiu o uso de cadeira de rodas em 2006, durante uma cúpula na Nigéria. Em 2005, ele passou por uma cirurgia para a retirada de pólipos nasais, que atrapalhavam sua respiração havia dois anos.
Câncer e crises mais recentes de Lula
Em 2011, um dos momentos mais desafiadores para Lula foi o diagnóstico de câncer na laringe. A doença, causada pelo tabagismo e fatores genéticos, foi tratada com quimioterapia e radioterapia, resultando na cura.
Nos últimos anos, problemas como bursite no joelho, lesões na laringe e uma cirurgia no quadril em 2023 exigiram monitoramento constante. Ele também enfrentou duas infecções por Covid-19, pneumonia leve e uma crise hipertensiva em 2010, que levou à internação emergencial.
A queda no banheiro do Alvorada, em outubro deste ano, marcou um novo capítulo em seu histórico de saúde. O acidente gerou um pequeno sangramento cerebral, que inicialmente foi tratado com monitoramento. No entanto, após um novo mal-estar na segunda-feira (9), foi necessária a drenagem do sangue acumulado.
Lula continua em recuperação e tem ajustado sua agenda oficial para se adequar às recomendações médicas.