Script = https://s1.trrsf.com/update-1734029710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Análise: Jô Soares levou para a literatura o seu repertório de humor televisivo

Humorista morreu aos 84 anos nesta sexta-feira (5), em São Paulo

5 ago 2022 - 22h32
(atualizado às 23h07)
Compartilhar
Exibir comentários
O escritor e humorista Jô Soares morreu aos 84 anos
O escritor e humorista Jô Soares morreu aos 84 anos
Foto: Gabriela Biló / Estadão / Arquivo - 29/11/2018 / Gabriela Biló / Estadão

Jô Soares morreu nesta sexta-feira (5), aos 84 anos, deixando, além da saudade, um legado nas artes brasileiras. O Ator, escritor e humorista, que foi velado e cremado em São Paulo, foi um multifacetado artista que também encontrou na literatura outro espaço brilhar, apostando em tramas policiais com altas doses de humor.

Para o jornalista Matheus Lopes Quirino, do Estado de S.Paulo, foi com a obra Xangô de Baker Street,  de 1995, Jô Soares se solidificou na literatura, sobretudo no gênero policial. Mas essa não foi a primeira obra do humorista.  

Em 1983 ele publicou O Astronauta sem Regime (L&PM), "esgotado no catálogo da editora desde então. Livrinho curto, com menos de 100 páginas, já mostrava a habilidade do ator em crônicas rápidas e influenciadas pelo estilo das piadas que fazia na televisão". 

Jô Soares também foi cronista de jornal durante os anos de 1980. "O estilo de Jô Soares na prosa publicada na imprensa é típico do showman: são frases muitas vezes curtas, impactantes, continham sarcasmo e ironia. O ritmo de O Astronauta Sem Regime foi comparado à prosa de Millôr Fernandes (1923-2012), escritor que Jô confessou ter admiração. Afinal, quem mais, além de Jô Soares, poderia fazer piada com a Lua Cheia?", indaga Quirino. 

"Nas décadas de 1980 e 1990, Jô participou de coletâneas com outros humoristas, com textos publicados em Humor Nos Tempos do Collor (1992) e A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1992), sobre o fracasso da seleção brasileira na edição do torneio de futebol de 1990.    Em meados daquela década, quando a editora Companhia das Letras expandia seu catálogo, Jô Soares foi um dos nomes que a casa apostou. E deu muito certo. Ao mesmo tempo,  o autor mergulhou no universo da literatura durante as pesquisas para seu primeiro romance, O Xangô de Baker Street, lançado em 1995. Best-Seller que influenciou obras seguintes, como O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998)", ressaltou o jornalista. 

O artista também lançou a sua Biografia Desautorizada, em 2017. Um livro de memórias em dois volumes escrito em parceria com o jornalista e editor Matinas Suzuki Jr.. 

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade