Andrei Roman: "O Peronismo, em sua encarnação Kirchnerista, morreu"
O CEO da AtlasIntel comenta o futuro do movimento político que surgiu na década de 1940 com o então presidente Juan Domingo Perón (1946-1955 e 1973-1974) e desocupará a Casa Rosada, comandada pelo peronismo em 8 dos últimos 12 mandatos
Dois dias antes do segundo turno, Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, já tinha o que poderia ser o resultado das eleições da Argentina em mãos. A sondagem feita na sexta-feira (17) e no sábado (18) já dava a vitória a Javier Milei com ampla vantagem sobre Sergio Massa. "O Peronismo, em sua encarnação Kirchnerista, morreu", afirma, ao analisar os resultados em locais em que Milei obteve vantagem, como o Norte da Argentina.
Milei derrotou um peronista de esquerda da ala moderada. O movimento político que surgiu na década de 1940 com o então presidente Juan Domingo Perón (1946-1955 e 1973-1974) desocupará a Casa Rosada que foi comandada pelo peronismo em 8 dos últimos 12 mandatos. O atual presidente, Alberto Fernández, também é peronista.
Erros de Massa na campanha
Quando perguntado sobre os erros de Massa na disputa, Roman é enfático: "a aposta no medo de maneira tão agressiva foi um erro estratégico de Massa. A população está preocupada com desemprego, inflação, com o nível de pobreza de um país que já foi o mais rico do mundo... E Milei trouxe essa esperança de que a prosperidade pode voltar", afirma.
Como explicar a rejeição do povo, apontada na pesquisa AtlasIntel, pela tão propagada dolarização da economia, proposta pelo libertário? "Milei não foi eleito por suas propostas ou projeto político. Foi um grito de revolta. Uma esperança de que as coisas podem melhorar de outra forma", diz Roman.
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— AtlasIntel ESP (@AtlasIntelESP) November 10, 2023
Veja a entrevista completa e a análise sobre a derrocada do Peronismo na Argentina.
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