Ansiedade: conheça 6 exercícios recomendados por neurocientista

A ansiedade, amplamente considerada uma emoção indesejada, afeta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo cerca de 18 milhões de brasileiros. Ela é frequentemente associada a sentimentos de medo, preocupação e inquietação, impactando relações pessoais, desempenho no trabalho e bem-estar geral.

Contudo, para alguns especialistas como a neurocientista Wendy Suzuki, a ansiedade pode ser vista sob uma luz diferente, oferecendo potencialidades que muitos desconhecem.

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Suzuki sugere que, se utilizada adequadamente, a ansiedade pode se tornar uma aliada na busca pela produtividade e resistência emocional. Em seu livro, a autora explora como essa emoção, muitas vezes mal compreendida, foi originalmente destinada a nos proteger de perigos e pode ser uma força catalisadora de transformação pessoal.

Como transformar a emoção em aliada?

De acordo com Wendy Suzuki, à BBC, a chave para aproveitar os aspectos positivos da ansiedade reside na capacidade de mudar nossa perspectiva sobre essa emoção. A neurocientista destaca que o primeiro passo é reconhecer a ansiedade como um alerta, um mecanismo evolutivo que nos preparou para enfrentar desafios. É nesse contexto que a ansiedade pode ser transformada de vilã para aliada, promovendo autoconhecimento e resiliência mental.

É importante desenvolver estratégias para administrar essa emoção e redirecioná-la para impulsionar o progresso. Isso pode incluir a prática de exercícios físicos e atividades que estimulem a neuroplasticidade, ajudando o cérebro a se adaptar e superar momentos difíceis.

Para otimizar os efeitos positivos da ansiedade, Wendy Suzuki sugere uma série de práticas diárias. Um dos exercícios recomendados envolve a transformação de pensamentos negativos em pensamentos que promovam avanço e autodescoberta. Por exemplo, emoções como raiva e medo podem ser redirecionadas para aumentar o foco em metas importantes e promover decisões mais cautelosas.

• Transformação de Emoções: Vivenciar raiva e medo pode servir como um lembrete do que é significativo, aumentando a cautela e a capacidade reflexiva.
• Experimentação: Participar de novas atividades, como uma aula online ou um evento esportivo, pode estimular o cérebro e oferecer novas perspectivas.

Qual o papel do otimismo e da natureza no combate à ansiedade?

Praticar a visualização de resultados positivos também faz parte do arsenal contra a ansiedade, segundo Suzuki. Isto é, ao imaginar cenários otimistas quanto ao futuro, a pessoa treina seu cérebro para esperar e trabalhar por atingimentos positivos. Além disso, a conexão com a natureza é outro remédio eficaz para o estresse. Ambientes naturais têm o poder de restaurar a energia mental e proporcionar um senso de equilíbrio emocional.

Mesmo que o acesso à natureza não seja direto, um parque local ou qualquer área verde pode proporcionar o espaço necessário para relaxar e revigorar os sentidos, contribuindo para o bem-estar geral.