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Apenas 23% dos funcionários estão engajados no trabalho

Pesquisa de alcance mundial sugere que líderes têm a capacidade de mudar esse cenário; empreendedor especialista em desenvolvimento de líderes explica que a criação de um bom ambiente de trabalho começa com o aperfeiçoamento emocional do gestor

19 fev 2024 - 14h22
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O relatório State of the Global Workplace 2023, feito pela Gallup, mostrou que apenas 23%  dos funcionários se sentem engajados no trabalho. A Gallup entrevistou 122.416 empregados em 2022, de diversos países do mundo.

Foto: Image by Drazen Zigic on Freepik / DINO

Outros dados globais destacados pelo relatório foram as porcentagens de funcionários que não se sentem engajados, divididos entre os que se enquadram na categoria "quiet quitting" (59%) e "loud quitting" (18%). Segundo definição do estudo, os trabalhadores em "quiet quitting" estão apenas "preenchendo uma vaga", são minimamente produtivos e estão psicologicamente desconectados de seu empregador. Já os "loud quitting" procuram prejudicar a empresa diretamente e se opõem aos líderes por não confiarem neles.

A pesquisa também trouxe dados setorizados por região do mundo. A média de engajamento dos funcionários na América Latina e Caribe, onde o Brasil está inserido, é poucos pontos maior que a global, 31%. O sul asiático lidera o ranking de engajamento dos empregados, com 33%.

Fabio Ruiz é empreendedor e doutorando PhD em Business Administration pela FCU nos Estados Unidos e explica que há vários fatores que contribuem para esse quadro de desengajamento global, dentre os quais está a liderança tóxica.

"A liderança tóxica é um dos grandes vilões que impulsionam estes fenômenos. A ausência da autoliderança, motivada pela falta de gestão emocional, gera líderes desequilibrados e um ambiente de trabalho tóxico, resultando em fenômenos como o burnout, quiet quitting, fat fire e quiet ambition", explica o especialista.

A pesquisa da Gallup também investigou o estado emocional dos participantes. Os números mostram, por exemplo, que 44% dos respondentes se sentem estressados diariamente no trabalho. Outros 21% disseram sentir raiva todos os dias no ambiente da empresa.

"Sem o despertar das organizações de que é necessário investir no desenvolvimento das habilidades sócio-emocionais dos seus líderes, continuaremos produzindo não só pessoas desengajadas nas suas funções, mas, sobretudo, miseráveis emocionais para sociedade", alerta Ruiz. Segundo o empreendedor, para que um líder consiga praticar a empatia e criar um ambiente de trabalho saudável que favoreça o engajamento, primeiro, é preciso que ele desenvolva o controle das próprias emoções.

A Gallup estima que o baixo engajamento dos funcionários custa US$ 8,8 trilhões de dólares à economia global. Após apresentar esse dado, o estudo indica que as lideranças e gerências influenciam diretamente o ambiente de trabalho, e afirma que "há muito o que as empresas podem fazer" para fazer seus funcionários engajados.

O relatório sugere, por exemplo, que líderes que conversem com seus liderados e os inspirem já podem mudar a situação dos "quiet quitters". Pequenas mudanças na maneira de liderar têm o potencial, segundo o estudo, de fazer com que funcionários desengajados sejam mais produtivos.

"Saber compreender o perfil comportamental daquele com o qual você interage, a fim de estabelecer uma comunicação equilibrada e harmoniosa, pode ser a chave para se estabelecer um ambiente de trabalho estável. Daí a importância do líder se adaptar e não permitir que a sua característica ou o seu perfil individual seja imposto", conclui Ruiz.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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