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Após ataques de Israel no fim de semana, Hamas diz que continua negociando cessar-fogo

Izzat El-Reshiq, membro do escritório político do grupo, acusou Israel de tentar sabotar os esforços de mediadores árabes e dos Estados Unidos para alcançar um acordo de cessar-fogo, intensificando os ataques no enclave

15 jul 2024 - 17h34
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Um alto oficial do Hamas afirmou que o grupo islâmico não abandonou as negociações de cessar-fogo com Israel, apesar dos ataques mortais ocorridos em Gaza no fim de semana, que, segundo Israel, tinham como alvo o líder militar do grupo, Mohammed Deif.

Imagens dos ataques israelenses do fim de semana
Imagens dos ataques israelenses do fim de semana
Foto: X/Reprodução / Perfil Brasil

Izzat El-Reshiq, membro do escritório político do Hamas, acusou Israel de tentar sabotar os esforços de mediadores árabes e dos Estados Unidos para alcançar um acordo de cessar-fogo, intensificando os ataques no enclave. "Israel está tentando desestabilizar as negociações", declarou El-Reshiq.

O ataque de sábado na área de Khan Younis, em Gaza, resultou na morte de pelo menos 90 palestinos, de acordo com as autoridades locais de saúde, levantando dúvidas sobre a viabilidade das negociações de cessar-fogo. Nos últimos dias, surgiram sinais promissores de que um acordo poderia ser alcançado para interromper os combates e libertar os reféns mantidos em Gaza.

Duas fontes de segurança egípcias informaram que as negociações de cessar-fogo em Doha e no Cairo foram interrompidas após três dias de intensas discussões. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, planejava reunir seu círculo próximo de ministros no domingo para discutir as negociações.

Detalhes do ataque de Israel

O exército israelense confirmou que o ataque de sábado, que visava Mohammed Deif, resultou na morte de Rafa Salama, comandante da brigada Khan Younis do Hamas. No entanto, não houve confirmação sobre o destino de Deif. "O ataque em Khan Younis foi resultado de uma inteligência cirúrgica", disse o chefe do serviço de segurança interna Shin Bet em um vídeo divulgado de Rafah. Ele acrescentou que 25 operativos do Hamas, que participaram do ataque mortal de 7 de outubro no sul de Israel, foram mortos na semana passada.

No sábado, um alto funcionário do Hamas negou que Deif tivesse sido morto, e o grupo afirmou que as alegações israelenses visavam justificar o ataque. O chefe militar de Israel, em uma declaração televisionada no domingo, afirmou que o Hamas estava escondendo a verdade sobre o destino de Deif, mas não confirmou se ele estava vivo ou morto.

As forças israelenses continuaram no domingo com bombardeios aéreos e terrestres em várias áreas da Faixa de Gaza, lar de 2,3 milhões de pessoas, a maioria deslocada pela guerra. Um ataque a uma escola administrada pela ONU no campo de Nuseirat matou 15 palestinos e feriu dezenas mais, segundo meios de comunicação do Hamas e autoridades de saúde. O exército israelense afirmou que o local era usado como base para combatentes do Hamas e que medidas foram tomadas para limitar o risco de prejudicar civis, incluindo o uso de munições precisas e inteligência.

Moradores relataram que dois mísseis atingiram o andar superior da escola, próximo ao mercado local do campo, geralmente movimentado com compradores, onde famílias deslocadas também buscaram abrigo. No domingo, ataques aéreos israelenses em quatro casas na Cidade de Gaza mataram pelo menos 16 palestinos e feriram dezenas de outros, segundo os médicos.

O ministério da saúde de Gaza informou que pelo menos 38.584 palestinos foram mortos e 88.881 ficaram feridos na ofensiva militar de Israel desde 7 de outubro. Acrescentou que 141 palestinos foram mortos por ataques militares israelenses em toda a Faixa de Gaza no último dia, o maior número de mortos em um único dia em muitas semanas. O ministério da saúde de Gaza não distingue entre combatentes e não combatentes, mas autoridades dizem que a maioria dos mortos durante a guerra foram civis.

Perfil Brasil
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